"A legalização da cannabis não faz sentido, defende João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), na véspera de Lisboa e Porto receberem a Marcha Global pela Marijuana.João Goulão disse à Agência Lusa que considera "adequado" o enquadramento legal existente em Portugal relativamente aos consumos, tendo em conta "o desenvolvimento da sociedade portuguesa".
"Assistimos actualmente a um movimento no sentido contrário em relação ao tabaco, que é uma substância legal e que está a ser praticamente sujeito a uma investida para o tornar quase um acto ilícito", lembrou.
Para João Goulão, "não faz sentido que se faça um movimento inverso para uma substância (cannabis) que acarreta problemas de saúde, sem que tal tenha apresentado benefícios".
A posição do presidente do IDT é diferente em relação à utilização terapêutica da cannabis, sobre a qual não tem qualquer reserva. "Penso que alguns complementos da cannabis deveriam estar disponíveis para fins terapêuticos, desde que tal acarrete um ganho efectivo", disse.
A Marcha Global pela Marijuana (MGM) foi lançada em 1999, em Nova Iorque, na sequência de um encontro de interessados na legalização da cannabis, realizando-se sempre no primeiro sábado de Maio."
(Jornal de Notícias)
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