segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Movidos pelo ódio.

Antes do Porto - Benfica, o sportinguista Daniel Oliveira comentava no Record a posição dos adeptos leoninos e as suas preferências para o desfecho do clássico entre rivais. Classificou os adeptos do seu clube em três categorias. O próprio insere-se no grupo dos "éticos", que prefere a verdade desportiva e são sempre contra o tráfico de influências, a batota e a barbárie. Mas confessa aquilo que todos sabemos, que esta categoria de sportinguistas é minoritária, pois a larga maioria prefere ver o Benfica perder sempre, mesmo contra o Porto, toldados pelo ódio, como já aqui, aliás, comentei. Já hoje, um dos máximos representantes do clube de Alvalade, ainda por cima advogado, manifestou regozijo pela goleada sofrida ontem pelos vizinhos da 2º Circular. Na blogosfera, bloggers sportiguistas seguiram na mesma linha. Todos contentes, não porque estejam à frente do Benfica (ainda há bem pouco tempo perderam com "este" Benfica), mas porque o inimigo, que tanto odeiam, perdeu e perdeu por margem gorda. Para estes, não interessa se haja batota ou crimes por detrás dos resultados, o que interessa é ver o inimigo sofrer. Vivem para isso e para mais nada. Sem o Benfica não são nada e sentiriam um enorme vazio na alma, porque a sua alma alimenta-se do ódio visceral. Apoiam o Porto, como o fizeram no Apito Dourado, estendendo a mão com a esperança de continuar a auferirem das migalhas atiradas (há algumas semanas alguém perguntava se achavam que, para os "amigos" do Norte, não são mouros). Têm seguido uma cultura e uma gestão de subserviência, que chegou à oferta dos melhores jogadores a preço de saldo. É por causa disto que nós, benfiquistas, distinguimos sportiguistas de lagartos. Os primeiros torcem pelo seu clube e querem o melhor para ele. Os segundos trocem contra o Benfica e querem o pior para este. Os primeiros são verdadeiros sportiguistas, os segundos meros anti-benfiquistas, como se pode verificar nos programas desportivos. E de negativismos a História nunca gostou.

3 comentários:

jorge disse...

Caga nisso. Há coisas mais importantes na vida.

Ricardo Sardo disse...

Contenção nas palavras, Jorge.
Cumprimentos.

PS: claro que há coisas muito mais importantes na vida do que ler ou ouvir sportiguistas a falar de futebol.

Graza disse...

Quanto também escrevi nos mesmos termos sobre este problema, desconhecia este e o texto do Daniel Oliveira, mas acabei por confirmar tudo isto da forma mais básica: aquela (des)conversa de café.