A demissão de Sócrates é indiscutível. Há muito que este governo merece ser 'varrido'. Todavia, o problema - o verdadeiro problema - é a ausência de uma alternativa credível, séria e competente. E esta ausência causa-me enorme preocupação. Vejo a minha vida, tal como certamente mais uns quantos milhões de portugueses, a complicar-se, graças à falta de seriedade e ética dos nossos políticos, governantes e deputados. Como já aqui escrevi por diversas vezes, estou desejoso de 'correr' com Sócrates de S. Bento, mas só o farei quando for para lá colocar outro melhor. E o problema - o verdadeiro problema - é que não vejo ninguém melhor. E o futuro dar-me-á razão, ao contrário do que sinceramente espero (ainda hoje, no debate na AR e em nome do PSD, Ferreira Leite confessou que as medidas do PEC são as acertadas, mas que deveria ser outros a aplicar*). Vejo a minha vida complicar-se porque, confirmando-se a vinda do FMI, a situação do país piorará drasticamente. O nível de vida descerá consideravelmente e teremos que nos reajustar às dificuldades com que nos depararemos. E tudo por culpa de uma corja de bandidos que se dizem políticos. Segundo as sondagens, a maioria dos portugueses parece acreditar que a actual alternativa é melhor do que o actual executivo. Eu também estava quase convencido que sim, há um ano atrás. Com o passar do tempo percebi que era tudo fogo de vista, uma manobra de ilusionismo. E estou convicto que Passos Coelho e seus muchachos não farão melhor. O problema - o verdadeiro problema - é este: não vejo ninguém com o mínimo de competência para nos tirar do buraco, mas apenas quem consiga, com um simples estalar de dedos, afundar-nos ainda mais.
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* Curioso que ninguém, nem jornalistas, nem comentadores, nem bloggers, se tenha apercebido nesta declaração que é, toda ela, um programa.
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