quinta-feira, 16 de julho de 2009

Formalidades

Cada vez mais, vejo colegas que vão a Tribunal sem gravata.
Uma coisa são diligências consideradas menos formais, como primeiros interrogatórios, debates instrutórios, audiências de partes ou audiências preliminares, onde nem sequer é usada toga (ou beca, pelos magistrados) e muitos magistrados também deixam a gravata de parte. Mesmo aqui, já tenho visto colegas de calças de ganga, ténis e camisas por fora ("desfraldados"), o que considero um abuso e uma atitude que em nada dignifica a profissão, apesar de estar na moda vestir a camisa ao estilo de Paulo Portas, aberta até quase ao umbigo... Aliás, uma vez, num debate instrutório, a magistrada do MP vestia t-shirt, calças de ganga, ténis e usava piercing no nariz, mas isso são os magistrados, é com eles...
Outra, bem diferente, já é uma audiência de julgamento, onde as formalidades devem ser, a meu ver, respeitadas. Ir para um julgamento sem gravata é, também, um atentado à dignidade e um acto de desconsideração para com o Tribunal e os restantes intervenientes no processo.
Nesta altura do ano, com o calor a chatear, costumo andar com roupa mais fresca e menos "formal", mas para diligências mais formais visto o fato e uso gravata. Porque considero que é, acima de tudo, uma questão de respeito pelos outros.

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