terça-feira, 14 de julho de 2009

Julgamento antecipado

Esta notícia do Correio da Manhã padece de um enorme vício: dá como provada a acusação (suspeita, já que nesta fase nem sequer existe ainda uma acusação, mas apenas indiciação). Não é "alegado violador" mas apenas "violador","pedófilo" e "abusador".
Este tipo de abordagem jornalística acaba, invariavelmente, por influenciar a opinião pública, sobretudo a que deconhece os trãmites legais e o termos jurídicos. Quem lê este tipo de notícias, acaba por aceitar a ideia de que os suspeitos dos crimes noticiados são mesmo culpados, quando ainda nem sequer a julgamento foram.

Não querendo imiscuir-me na actividade jornalística, parece-me que se deveria ter mais cuidados nestes pormenores, sobretudo a imprensa sensacionalista. É que depois, caso não se prove a culpabilidade do suspeito (neste, como em todos os casos), a opinião pública fica com a sensação de que não foi feita Justiça, tendo o Tribunal libertado um criminoso...

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