Têm toda a razão e concordo com as críticas que são feitas ao Campus da Justiça. Eu também já fiz algumas aqui. Este texto, por exemplo, aponta vários erros, que terão, necessariamente, que ser corrigidos o quanto antes. Mas a forma escolhida por 16 juízes e alguns magistrados do Ministério Público de manifestar a sua insatisfação - faltarem à cerimónia oficial de inauguração do Campus - vai contra o que considero ser o comportamento adequado de um órgão de soberania. Se querem ser tratados como elementos de um órgão de soberania, têm de se comportar como tal, o que não aconteceu neste caso.
Compreendo que seja claramente preferível trabalhar no coração de Lisboa, com, por exemplo, transportes "à porta" e num edifício com um passado e uma História que devem permanecer na memória de todos. Mas a Boa Hora já não tinha o mínimo de condições, nem para quem lá trabalhava nem para quem lá ia. Defender a continuação na Boa Hora, naquelas condições, parece-me ser uma atitude à "velho do Restelo". O Ministério da Justiça deve ser chamado à razão por todos os operadores da Justiça, mas não é desta forma, desprezando uma cerimónia oficial, que se garante dignidade à reinvindicação.
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