Há quem queira impedir o cessante líder do Ministério Público de Lisboa de participar na escolha do seu sucessor
Quando na próxima sexta-feira, 26, os 19 membros do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) iniciarem a eleição do novo procurador-geral distrital de Lisboa (PGDL), alguns elementos deverão suscitar um incidente, no sentido de vetar o direito de voto ao PGDL cessante, Dias Borges, apurou a VISÃO junto de fonte do MP. O próprio PGR, presidente por inerência do CSMP, já estará ao corrente desta intenção que se estriba no argumento de que o nº 3 da Procuradoria não deverá interferir com o processo de escolha do seu sucessor.
A esta movimentação por parte de alguns conselheiros não deverá ser indiferente o facto de Dias Borges, asseguram fontes da Procuradoria, ter em Boaventura Marques da Costa o seu candidato preferido. Actualmente colocado no Tribunal da Relação de Lisboa (e tendo tido em mãos o caso Camarate), Boaventura é um dos três nomes propostos pelo PGR, Pinto Monteiro. Os outros dois candidatos ao cargo de PGDL são a coordenadora do DIAP de Lisboa, Francisca van Dunen e Santos Soares, actualmente auditor do Ministério da Defesa. A contenda adivinha-se taco a taco entre Boaventura e van Dunen. «A contagem de espingardas está ao rubro e qualquer um dos dois pode ganhar», disse, à VISÃO, fonte do CSMP.
Organismo responsável pela gestão e disciplina dos procuradores, o CSMP é formado por 19 elementos, sendo 12 provenientes da magistratura do Ministério Público, cinco indicados pela Assembleia da República e dois pelo ministro da Justiça."
in Visão
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