sexta-feira, 18 de abril de 2014

Roubar aos pobres para dar aos ricos

Já deixei aqui mais de 50 exemplos de medidas deste governo que tiram aos pobres para dar aos ricos. E foram "apenas" 54, porque deixei de as contar há cerca de um ano e, até então, não tinha sido exaustivo...
Quase todas as medidas vão no sentido de favorecer os grandes grupos económicos, cortar rendimento à população, mesmo a mais pobre, para encher os bolsos a um pequeno grupo de privilegiados.
Sucede que, apesar de haver cada vez menos pessoas a acreditarem no governo, ainda há quem acredite no Pai Natal. Mas esta semana caiu a máscara (como se não tivesse já caído dezenas de vezes, mas enfim...), com o anúncio de que o governo tenciona cortar em algumas despesas do Estado, nomeadamente em consultadoria e nos custos com a frota automóvel.
Há cerca de um mês, ficámos a saber que o mesmo Estado que paga 250 euros a um advogado oficioso por um procedimento cautelar (ponto 5 da tabela de honorários, aprovada em Portaria) é o mesmo Estado que paga 24 mil euros a uma grande sociedade de advogados. Pelo mesmo trabalho, entenda-se. Paga 250 pelo patrocínio oficioso, diz que é caro demais e pretende reduzir os honorários, mas paga quase 100 vezes mais sem pestanejar! Se isto não é tirar aos pobres para dar aos ricos, eu vou ali e já volto.
 
Esta semana ficámos a saber que há gente nas portas da morte, porque o Estado prefere gastar em pópós topo de gama. Há gente a morrer no IPO, porque está a ser feito um racionamento (não confundir com racionalização), condenando muitos pacientes à morte.
Temos, pois, um governo que em 3 anos andou a roubar aos pobres, a cortar salários, pensões, apoios sociais, ao mesmo tempo que engordava as carteiras dos amigos. E agora diz que vai cortar nas verdadeiras "gorduras" do Estado. Enretanto, nestes 3 anos, morreu gente e houve muitas pessoas que viram as suas vidas destruídas, muitos tiveram que ir para outro país e agora é que vão cortar onde deveriam cortar desde o 1º dia?
Um processo crime é o que esta gente merecia, mas como têm magistrados amigos a deixar as investigações aos negócios suspeitos deste governo a marinar (para prescreverem, claro) nas gavetas, enquanto esses mesmos magistrados vão a congressos de um dos partidos do governo, nada podemos esperar na Justiça no que toca a gente com poder ou ligada ao poder...

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Só se surpreende quem quer



 
Coloquei a negrito a parte mais interessante (chamemos-lhe assim) do despacho judicial. Qualquer advogado que faça direito criminal compreende onde quero chegar...

É oficial: o jornalismo isento passou a ser um mito

O jornalismo deve ser uma mistura de rigor, isenção e imparcialidade, por um lado, e confronto e crítica, por outro. Mas temos cada vez menos jornalistas que conseguem encontrar o equilíbrio entre estes deveres jornalísticos. Temos aqueles que fazem oposição descarada, como José Rodrigues dos Santos a Sócrates e temos aqueles que são mansinhos e pedem desculpa ao entrevistado, quando colocam uma pergunta mais desagradável para este, como sucedeu ontem com José Gomes Ferreira a Passos Coelho.
Ou seja, temos o 8 e o 80, mas não temos o meio termo, o equilíbrio. Enquanto, por exemplo, o espaço de comentário de Sócrates é transformado em interrogatório policial (em que o jornalista faz de polícia), a entrevista a Passos Coelho é transformada num espaço de opinião, em que o jornalista limita-se a lançar temas, previamente combinados claro, para aquele dizer o que tem a dizer, sem qualquer contraditório ou perguntas difíceis ou confrontacionais. Ontem só faltou, no final, tirarem uma selfie e José Gomes Ferreira bater palmas, de tão parcial que foi a condução da entrevista.

(foto)

Nota: eis outro exemplo de jornalismo parcial e sem rigor.

domingo, 13 de abril de 2014

Partidos: problema ou solução?

As duas coisas. Os partidos tornaram-se em grupos de interesse, troca de favores e de empregos bem remunerados e a ascensão nos partidos faz-se por favores e influências e não por mérito. Ou quase nunca por mérito. Veja-se, como melhor exemplo, os actuais líderes dos dois maiores partidos. Passos Coelho e Seguro não têm qulquer competência profissional e fizeram a sua vida na política e no partido, vindo das jotas. Não espanta, neste sentido, que as contas dos partidos (nomeadamente PS, PSD e CDS-PP) sejam uma fonte de rendimentos de quem não conseguiria um emprego numa empresa sem contactos e amigos.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Futuro

A vitória desta tarde, por 4-0, frente ao Real Madrid serve de rampa da lançamento dos sub-19 do Benfica para um futuro brilhante. Apesar das circunstâncias em que ganhou vantagem (3-0 aos 15 mins e com um jogador a mais, graças a uma expulsão do defesa do Real no lance do penalty que deu o 2-0), o mérito vai inteirinho para a organização das camadas jovens e em particular para João Tralhão, o treinador destas jovens promessas. Raphael Guzzo, que já escolheu representar a selecção portuguesa em detrimento da brasileira, talvez seja a principal estrela do grupo, mas Rocinha já tem um contrato profissional e uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros e hoje fez uma excelente exibição, marcando o 4-0, num penalty à "Panenka".
O futuro espera por estes rapazes. O futuro do Benfica aguarda por eles.

Regresso

Com menos tempo (e paciência) para o blogue, tenho andado pelo Facebook.
Mas prometo regressar com mais frequência nos próximos dias...