sexta-feira, 29 de junho de 2012

Roubar aos pobres para dar aos ricos (50)

Eis que chegamos à meia centena, em apenas um ano. E não tenho sido exaustivo na listagem, porque foram certamente mais as medidas governativas neste sentido.

Até uma criança percebe as intenções deste governo

Para onde vai o nosso dinheiro

Mais um buraco bancário. Esta crise mundial foi causada pela Banca e pela sua ganância e andam os povos (classe média e pobre), a pagar aos ricos os erros da sua gestão. Até quando isto durará?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O outro é que era mentiroso

"Quando, ao mesmo tempo, se retira o abono de família, se retira um conjunto de apoios na acção social escolar, se retiram balsas de estudo e obrigam as famílias a pagar mais de impostos, há uma sustentabilidade a longo prazo da segurança social, dos sistemas sociais que é posto em causa.
As novas medidas de apoio às famílias e grávidas são anti-sociais, anti-família e anti-natalidade."
 
 
Pedro Mota Soares, 1 de Novembro de 2010, na Oposição


"Os subsídios de Natal e de férias vão deixar de ser considerados no cálculo dos apoios à maternidade, passando a considerar-se apenas as remunerações auferidas mensalmente durante o período da gravidez.
Com esta alteração, apesar de a fórmula de cálculo se tornar mais equitativa, haverá casos de cortes significativos nos apoios a receber, mas não só na maternidade. Também os subsídios destinados à gravidez de risco, à interrupção da gravidez, à adopção e ao apoio de filhos deficientes serão estimados de acordo com estas novas regras, que entram em vigor a partir de segunda-feira."
 
 
Pedro Mota Soares, 28 de Junho de 2010, já Ministro



(via Vega9000)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Roubar aos pobres para dar aos ricos (49)

Iam ser tão diferentes, não iam?...

Breves

1. "O Deutsche Bank teve um lucro de 8.000 milhões de euros em 2011. Entre 2009 e 2011, em plena crise financeira e do euro, os lucros do principal banco alemão aumentaram 67%. Percebem agora para onde está a ir o dinheiro?"

2. "Já não temos um Presidente da República que seja o garante da Constituição e uma salvaguarda do Estado de direito, pelo que nada há a esperar dali. A Justiça está politizada e o actual poder ministerial quer aumentar essa perversão. Os partidos estão reféns das suas lógicas sectárias, sendo manifestos a fadiga moral e o esgotamento intelectual da elite parlamentar. E os senadores do regime estão calados perante a desonra das instituições. Quer-se dizer: Relvas simboliza a impotência e decadência da Nação."

3. "Todos os anos, pelo São João, Rui Rio mete uma centena de convidados num barco: o Douro separa a populaça dos happy few. A extravagância é paga com o nosso dinheiro. Em 2009 custou 9832 euros. Em 2010 custou 11625. E este ano custou 16774, ou seja, mais 45% que no ano passado. Isto revela uma grande falta de vergonha. O Presidente da República estava a bordo, feliz e contente, na ressaca dos apupos de Guimarães. A presença de Cavaco não surpreende. Mas que um homem como Paulo Macedo, o ministro da Saúde, também estivesse, isso sim, dá que pensar."

4. "Passos Coelho fez um bom discurso de abertura na rejeição da moção de censura do PCP. Tinha aliás escolhido um óptimo sound-byte: "A moção de censura é contra o mundo e a realidade". O problema é que enquanto durava esse debate, o mundo e a realidade impuseram-se. Quanto ao mundo, o Chipre pediu ajuda externa, o Ministro grego das Finanças fugiu a sete pés quando viu o que o esperava, e Angela Merkel rejeitou pela enésima vez as eurobonds. Quanto à realidade, o Governo é que acabou por fugir a ela, quando não revelou as medidas de austeridade que toda a gente já percebeu que vão ser imprescindíveis."

E, se ainda tiverm tempo e paciência, leiam esta maravilhosa prosa sobre o nível intelectual que grassa na opinião pública.

Esperado

Apesar de na altura ter admitido como possível uma absolvição, a condenação era esperada e é acertada. Espero, agora, que o Ministério Público actue noutras situações idênticas (atentados à liberdade de imprensa), desde logo por uma questão de credibilidade e imparcialidade da sua actuação. E casos, alguns deles bem recentes, não faltam...

Outra mentira da ministra

"A ministra da Justiça disse, em entrevista à SIC, entre outras falsidades, que nunca ninguém ouvira o bastonário da Ordem dos Advogados a exigir ao anterior Governo o pagamento da dívida dos honorários aos advogados que prestam apoio judiciário. Afirmou mesmo que o bastonário «esteve calado durante estes seis anos». Tudo isso numa estação de televisão que tem nos seus arquivos dezenas de gravações de intervenções minhas contra os dois governos de José Sócrates devido aos atrasos naqueles pagamentos. Tudo isso numa estação que transmitiu em direto os meus discursos no Supremo Tribunal de Justiça nas cerimónias de abertura do ano judicial, numa das quais até discursei sem o colar de bastonário em protesto contra esses atrasos. Tudo isso numa estação de televisão que cobriu algumas das dezenas de conferências que eu fizera pelo país e gravou várias declarações minhas em que chamava caloteiros aos governos do PS por não pagarem atempadamente o que deviam. Há, de facto, políticos para quem a mentira e os truques ardilosos da baixa política são as suas principais armas e que, por isso, perderam todo o sentido da dignidade. Vejamos.
Quando, em 8 de janeiro de 2008, tomei posse como bastonário, os honorários previstos para o apoio judiciário eram inferiores a seis euros por mês, por processo e o sistema de acesso ao direito continuava a ser escandalosamente usado para a OA dar formação e para subsidiar os advogados estagiários. Logo aí me insurgi veementemente contra essa situação e voltei a fazê-lo no discurso proferido na sessão de abertura do ano judicial desse ano. O Governo de então arrepiou caminho e foi possível, em colaboração reciprocamente leal, desenhar um novo modelo de acesso ao direito que privilegiasse os cidadãos economicamente carenciados.
Pela parte da OA, impedimos que os advogados estagiários pudessem continuar a defender, sem a presença dos seus patronos, os direitos e a liberdade das pessoas pobres e que as nomeações de advogados fossem feitas por magistrados, por polícias e por funcionários judiciais. Só a OA o poderia fazer - e passou a fazê-lo de forma aleatória (automaticamente), pondo-se, assim, cobro a toda uma teia de favoritismos e cambões instalada no seu interior. O novo modelo pôs em causa muitos interesses instalados dentro e fora da OA, em particular daqueles setores a que a atual ministra da Justiça sempre esteve ligada como advogada. Uns (quase sempre os mesmos) ganhavam dinheiro com o patrocínio oficioso e outros (pertencentes à nomenclatura da Ordem) aumentavam o seu poder com as nomeações.
Tudo isso acabou. O novo sistema, não sendo perfeito, era, contudo, muito mais transparente e, sobretudo, garantia aos cidadãos mais carenciados um acesso efetivo ao direito e aos tribunais. Havia apenas dois problemas: os atrasos nos pagamentos dos honorários e as (pequenas) fraudes de alguns (muito poucos) advogados, as quais, na esmagadora maioria, eram de duas ou três dezenas de euros. Contam-se pelos dedos das mãos as que ascendiam a centenas de euros.
Quando o atual Governo tomou posse, logo manifestei a disposição da OA para colaborar com o MJ a fim de detetar esses casos e punir exemplarmente os seus autores. Mas a ministra não queria isso. Ela queria destruir este modelo e criar um novo que funcionalizasse os advogados ou então que os avençasse, ficando o Governo e os partidos que o sustentam com o poder de escolher os avençados. Mas como o sistema funcionava bem, tentou-se fazer o que é hábito nestas situações: degradar um bom serviço público para depois o privatizar. O MJ aumentou e muito os atrasos nos pagamentos aos advogados e lançou uma gigantesca campanha de descrédito do sistema de acesso ao direito e de enxovalho dos mais de 9500 advogados que nele prestam serviço.
O resto é conhecido. Foram notícias falsas, declarações públicas tendenciosas, conferências de Imprensa sensacionalistas e agora são as mentiras mais descaradas para falsificar o que se passou, procurando apagar alguns dos factos que não interessam aos atuais epígonos triunfantes. O povo dar-lhes-á a resposta que merecem."

(Marinho Pinto, in JN, a mostrar como esta ministra é mentirosa)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Falta de prudência

Como já aqui escrevi, considero que a alteração ao Código de Trabalho levada a cabo pelo governo (hoje publicada ém Diário da República e que entrará em vigor a 1 de Agosto) está ferida de inconstitucionalidade porque, desde logo, vem "legalizar" os despedimentos sem justa causa, algo que o PSD pretendia antes de voltar ao Governo (recordam-se da proposta de alterar 'justa causa' para 'motivo aendível'?) e foi afastado pelo coro de críticas de todos os quadrantes. Não conseguiu na altura, mas conseguiu agora. Deu uma volta maior, mas Passos Coelho lá conseguiu chegar ao destino pretendido. E conseguiu com a cumplicidade do sr. Silva, o pobre reformado do jardim de Belém. Disse este que não vislumbrou fortes indícios de inconstitucionalidade no diploma, para justificar a sua promulgação sem enviar para apreciação prévia do Tribunal Constitucional. Ora, este tribunal é o último garante da Constituição e está muito mal o titular da presidência da República quando se acha competente para assumir as competências e poderes daquele tribunal. Mais, não vislumbrou ele, mas dislumbraram muitos reputados juristas e especialistas na matéria, a começar pelo Prof. Dr. Monteiro Fernandes, que já se pronunciou (no Público) contra a então proposta, agora tornada lei. A prudência e o bom senso obrigavam a enviar o diploma para o Palácio Ratton, mas já há muito que sabemos que há virtudes que o sr. Silva manifestamente não tem nem nunca teve. Num momento de crispação e tensão social e para evitar ainda mais contestação e revoltas, deveria ter enviado para o TC para este se pronunciar. Assim, não o fazendo, para além de se tornar cúmplice nos resultados e efeitos que esta alteração provocará económica e socialmente, fragiliza a própria alteração legislativa. E quando o Povo, que é para quem o legislador legisla, revolta-se contra as leis, é o país que fica a perder.

(na foto, o sr. Silva à procura de fortes indícios de inconstitucionalidade no diploma)

E quem paga?

Ao ler isto (via Ana Matos Pires), apenas posso escrever que não me surpreende, Infelizmente, para quem trabalha na área da Justiça diariamente, como eu, isto é perfeitamente "normal". E quem paga estes erros judiciários? Nós, contribuintes, pois claro. Porque o Estado será, certamente, condenado, ou internamente ou no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Porque mesmo tendo o governo anterior aprovado um diploma que responsabiliza pessoalmente os agentes públicos (neste caso, procuradores do MP e juízes), o Estado quase nunca exerce o direito de regresso sobre os agentes. Isto é, é o Estado (contribuintes) quem paga e depois não pede esse valor aos agentes. Isto apesar de os magistrados estarem a aderir, cada vez mais, a seguros de responsabilidade profissional, precisamente para não pagarem estas avultadas indemnizações...

sábado, 23 de junho de 2012

Este homem está em todas

E já se sabia que é um grande fazedor...

Eu sou tão burro

Tive Introdução à Economia no Secundário, mas confesso que sou mesmo burro em matéria de dinheiro. Tão burro que não compreendo como é que, aumentando brutalmente os preços dos transportes, as receitas das empresas de transportes (como a CP) diminuem. Dizem que é por causa da descida da procura, devido, precisamente, ao elevado custo (preço para o utente) que incentiva o uso do automóvel. Mas não compreendo como possa ser isso. Afinal de contas, eu sou burro em matéria económica e o governo é que é competentíssimo e altamente capaz.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Se o nariz crescesse... (2)

Aproveitando o golo de Ronaldo e a euforia do povo, o Gasparzinho voltou a anunciar mais austeridade. Torna-se, pois, necessário actualizar esta evolução:

6 de Setembro de 2011: "2012 é o princípio do fim da crise";

23 de Março de 2012: "Não prevejo mais austeridade este ano";

23 de Abril de 2012: Assunção Cristas acena com embargo para aplicar nova taxa alimentar;

9 de Maio de 2012: "Governo poderá baixar impostos a médio prazo";

9 de Maio de 2012: "Eu não minto, não engano nem ludibrio os portugueses";

9 de Maio de 2012: Subsídios: reposição a partir de 2015 «não é compromisso»;

10 de Maio de 2012: Gaspar prepara subida brutal de 3800 milhões nos impostos diretos.
Actualização:

21 de Junho de 2012: Vítor Gaspar insiste em manter metas orçamentais que obrigarão a mais austeridade


Adenda: ler este texto, vale a pena. E vindo de alguém da mesma cor política deste governo, vale ainda mais...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Você ainda acredita nos jornais?

Num país a sério (e sério) isto nunca aconteceria. E nem sei quem se portou pior, se a polícia se o DN. Entre uma polícia manipuladora e um jornal manipulável, "venha o diabo e escolha". Mas uma coisa é certa: nunca mais compro o DN, enquanto estes jornalistas e directores lá estiverem.

Controlar sim, condenar a prisão perpétua não

Tal como o Daniel Oliveira, também sou pai e não consigo imaginar sequer o que eu faria se alguém fizesse mal à minha filha. Mas também por ser pai não posso deixar de estar frontalmente contra esta ideia populista da ministra que, ainda por cima, volta a mentir (para além de demonstrar uma total ausência de sentido democrático). É mentira que a directiva comunitária obrigue a legislar no sentido que a ministra pretende. E quem mente várias vezes, mentiroso é, aprendi eu dos meus pais quando era pequeno...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma questão de poder

Chegados à última jornada da fase de grupos e aos jogos decisivos para ver qem continua e quem vai para casa mais cedo, chegaram, obviamente, os erros grosseiros de arbitragem. Na segunda-feia foram os croatas e ontem foram os ucranianos. Espanha e Inglaterra, respetivamente, bem podem agradecer às preciosas ajudas das equipas de arbitragem. E sejam elas compostas por um, três, cinco ou vinte mil árbitros, a verdade é que, sem ajudas tecnológicas (que há muito defendo), haverá sempre erros, intencionais ou não. E é claro, para toda a gente, que os meios tecnológicos são mal vistos por quem manda no futebol mundial ou europeu, pois, com eles, os erros são reduzidos ao mínimo (senão extintos) e, sem erros, as equipas de arbitragem perdem o poder de decidir. Sem erros, não há a possibilidade de, por razões externas (e estranhas), se decidirem os resultados, através, por exemplo, de um golo injustamente invalidado ou de um mal validado. Noutros desportos, como o ténis ou o râguebi, as tecnologias são utilizadas, com sucesso e total aceitação, quer dos intervenientes, quer do público. O desporto torna-se melhor desta forma. Mas o futebol, que é o desporto no Mundo que movimenta mais dinheiro, continua alérgico à melhoria. Porquem sem erros, não há poder. E sem poder, não há dinheiro. Pelo menos nos bolsos de alguns...

Adenda: vale a pena ler o Luís Fialho.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Revolução social e cultural

Já aqui escrevi que este governo está a levar a cabo uma revolução social e cultural. Eis um exemplo prático (via Valupi). Claro que, se a estudante fosse de umas das famílias privilegiadas - as que são naturalmente melhores e têm direito ao melhor, ao contrário das outras -, teria direito à leitura do enunciado.

Destruir o país

A recente alteração ao Código do Trabalho é inconstitucional. Vai, desde logo, legalizar os despedimentos sem justa causa, proíbidos pela Constituição. E será fácil despedir sem justa causa. E eu sei como fazê-lo. As pessoas que não acreditam em mim verão, com o tempo, quem terá razão. Quanto aos gestores portugueses, que apenas pensam no lucro fácil e rápido, não têm consciência que isto apenas piorará a sua própria situação e a da empresa. Estas medidas em nada contribuem para o aumento da produtividade - bem pelo contrário -, como já aqui expliquei. Os países mais produtivos são, por norma, aqueles onde se trabalha menos horas e os benefícios são maiores. Mas o gestor tuga não compreende isto e considera que se trata, apenas, de uma enorme coincidência.
Nos casos em que defendo o empregador, terei a tarefa facilitada, mas nos casos em que defenderei o trabalhador terei enormes dificuldades, pois levará anos até que o processo chegue ao Tribunal Constitucional. E, aí chegado, não é garantido que os Conselheiros cumprar a Constituição, pois nem sempre decidem de acordo com a Constituição, mas antes ao abrigo de preferências político-partidárias. Aliás, quando até o próprio Tribunal Constitucional e o Presidente da República, últimos garantes da Constituição, não dão garantias de seriedade e imparcialidade, é a própria Democracia que é posta em causa. Como tem sido, aliás, nos últimos meses. Daqui a poucos anos, quanto esta gente que está a destruir o país estará já bem longe e bem na vida, é que as pessoas vão perceber o que está a ser feito (e desfeito) agora. Só espero que, aí, já não seja demasiado tarde.

Viver acima das possibilidades

Para além de terem ficado num dos hotéis mais caros do Euro, ainda gastam dinheiro em gravatas da Fátima Lopes. Sim, porque não deveria ter ficado barata a encomenda à famosa estilista. Com o país a empobrecer de dia para dia e com cada vez mais gente a passar grandes dificuldades e até fome, não posso deixar de condenar esta política de gastos luxuosos da Federação. Se fossem sérios teriam doado o dinheiro em vez de a gastar em gravatas e spa's. Mas a culpa não é só deles. Esta á a imagem do país. Por estas e por outras é que estamos como estamos e por causa de gente assim é que nunca fomos grandes e nunca estaremos ao nível dos melhores. E não estou a falar de futebol...

Quando os actos contradizem as palavras

Ao ler a peça, escuso-me de tecer quaisquer comentários. Está aqui tudo o que haveria para dizer ou escrever:

"A UEFA tem levado a cabo uma campanha mediática contra o racismo no Euro2012 mas os factos mostram grandes discrepâncias entre as multas aplicadas por causa de atos de racismo e as multas aplicadas devido a infrações relativas a publicidade. (...)
A multa de 100 mil euros aplicada pela UEFA a Nicklas Bendtner, por ter mostrado publicidade indevida nas cuecas durante os festejos contra Portugal, foi o mais recente exemplo da necessidade de revisão da ordem de prioridades do organismo que tutela o futebol europeu em matéria de racismo no estádios. O avançado dinamarquês fez publicidade a uma casa de apostas irlandesa, na altura de celebrar os golos contra Portugal, e para além da multa aplicada pela UEFA, Bendtner será suspenso por um jogo.
Na primeira jornada do Grupo C do Euro 2012, a Croácia foi multada em 25.000 euros pelo comportamento dos seus adeptos na partida com a República da Irlanda ao passo que a Alemanha teve de pagar 10 mil euros pelo comportamento incorreto dos seus adeptos no jogo contra Portugal. Durante este jogo o "speaker" do estádio teve de intervir por diversas vezes para pedir respeito aos adeptos germânicos que entoavam cânticos racistas, arremessaram para dentro de campo diversos objectos e criaram um pequeno incêndio na bancada. A Rússia teve de pagar 30 mil euros à UEFA devido aos actos de violência e cânticos racistas cometidos pelos adeptos russos antes do jogo com a Polónia em mais um caso condenado por vários dirigentes europeus.
No total, o simples acto de Nicklas Bendtner mostrar as cores das suas cuecas teve uma multa de valor quantitativo superior ao somatório de multas aplicadas a Croácia, Alemanha e Rússia.
Num caso recente, envolvendo um clube português, a UEFA decidiu aplicar uma multa de 20 mil euros por alegados cânticos racistas contra Mario Balotteli, no jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa entre FC Porto e Manchester City, mas acabou por multar o clube inglês em 30 mil euros pelo atraso da equipa no regresso dos balneários
."

domingo, 17 de junho de 2012

Venceram...

... e convenceram. Já aqui escrevi que, não esperando nada da nossa Selecção neste europeu, surpreenderam-me pela positiva, jogando bem melhor do que eu esperava. E a vitória, categórica, de há pouco serviu para me tirar quaisquer dúvidas de que, continuando assim, chegaremos, pelo menos, às meias-finais. Mas cuidado com os checos, até porque nestas alturas temos a tendência para embandeirar em arco os sucessos. Espero que a tranquilidade de Paulo Bento se imponha. Ah e alguém que diga a Paulo Bento que aquela gravata é horrorosa. Três jogos com ela foram demais.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Num país a sério, esta Ministra já teria sido demitida

A ler mais um triste episódio da saga da Ministra da Justiça.

Isto agora está, sem dúvida, muito melhor

Então, mas não tinham tudo pensado, estudado, preparado (e mais uns quantos adjectivos no mesmo sentido)? Como é possível, se esta gente é toda competentíssima, preparadíssima, inteligentíssima (e mais uns quantos adjectivos no mesmo sentido)?...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

No limite

Foi, apesar das emoções e de três golos, uma exibição sofrível da Selecção. Levei, desde a substituição de Rommedahl, cerca de 20 minutos a mandar vir com Paulo Bento e a "pedir" que colocasse alguém a ajudar Coentrão, pois este, sozinho na esquerda, deparava-se quase sempre com dois adversários. Foi preciso 20 minutos (o tempo que levou a Dinamarca a empatar a partida num lance desenvolvido... na esquerda), com a casa assaltada, Bento colocou as trancas e mexeu na equipa. Tirou Meireles (que já não estava a fazer nada em campo, senão arriscar o segundo cartão amarelo) e, com a entrada de Varela para o lado direito, deslocou Nani para a esquerda, que passou a ajudar defensivamente Coentrão. Se a Dinamarca criava perigo (e tinha chegado ao empate) quase sempre por aquele lado, com esta alteração não mais conseguiu fazer nada por ali. E tinha, até aí, conseguido graças a uma noite horrível de Ronaldo. E não foram "apenas" os dois lances incríveis em que desperdiçou excelentes oportunidades para sentenciar, de vez, a partida. E escrevo incríveis, porque, no Real Madrid, Ronaldo marca golo de olhos fechados e de costas para a baliza em lances iguais àqueles dois. O problema só pode ser mental. E vem de trás. Muito de trás. Ronaldo é um dos jogadores que são acusados de não produzir na Selecção o que produz no clube (Messi, por exemplo, também). Pode ser um bloqueio mental, falta de ambição ou discernimento, ansiedade em demasia, não sei qual o problema, até porque não sou especialista na matéria, mas algum problema mental, ou emocional, terá de existir, para que as más prestações se sucedam.
Ganhámos, a Alemanha venceu a Holanda e, assim, basta-nos o empate no Domingo, com os holandeses, para seguirmos em frente. Parece fácil, mas não é. Até porque a Dinamarca, ainda na luta, pode surpreender uma Alemanha descomprimida e já a pensar nos quartos-de-final. Veremos se os nossos jogadores têm estampa para a decisão final. Pelo menos a mim surpreenderam-me pela positiva, isto apesar de todos os defeitos e problemas. Veremos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

São estas as "gorduras" para o Governo

"Segurança Social retira subsídio de invalidez a paralímpico sem mão".

Má gestão

Admitindo que os erros não foram propositados, pergunto: como é possível uma empresa desta dimensão (uma das maiores nacionais e internacionais no sector) apresentar tantos casos de incompetência? Não será, também, por causa da má gestão das empresas que o país está como está? Será que os técnicos não recebem formação adequada? Será que a empresa, com vista a poupar (salários) para poder lucrar os milhões que lucra anulamente, "poupa" em trabalhadores com formação adequada (contratando técnicos sem formação e, consequentemente, mais "baratos")? Será que há controlo e supervisão, desde logo a nível hierárquico?

Nota: ainda há poucos meses dei o caso da PT, agora é este da EdP. Se até as maiores funcionam mal...

sábado, 9 de junho de 2012

Grisham

Só pode ser distração não traduzir para português as últimas obras de John Grisham. E já são várias. Antes de JK Rowling inventar Harry Potter, era o escritor mais vendido no Mundo. Sim, no Mundo! Um dos livros que passaram para filme (e foram oito que passaram para a grande tela) serviu de ponto de partida para a série do AXN "A firma". Brilhante argumento (obviamente) e excelentes interpretações. Mas inaceitável que ainda não tenha servido para as editoras portuguesas abrirem os olhos e se lembrarem da mente por trás da série.

Gente sem escrúpulos

No texto anterior critiquei a canalhice que a sarjeta do Dâmaso lhe fez e sou insuspeito de defender o Clero, mas o que estão a fazer a D. Janurário Torgal é demonstrativo de como parte da nossa sociedade não tem espinha nem escrúpulos. Ética e moral não integram o seu dicionário. E este comportamento, totalmente inaceitável numa sociedade séria, tem de ser denunciado. Para todos sabermos com que (ou com quem) lidamos.

A sarjeta do Dâmaso (3)

Uma autêntica pulhice, de quem não tem espinha.

Desesperante

Chega a ser desesperante ver o homem a dar tanta graxa e a esmerar-se tanto em agradar e não ver o seu trabalho recompensado com um tachito num qualquer ministério, ou numa qualquer empresa pública. Vá lá Goebbels, acorda. Não vês o zelo deste homem? Tanto trabalho para nada? Nem uma comissão de trabalho? Qualquer coisa!...

Não acredito

Espero, obviamente, estar redondamente enganado, mas não acredito nesta Selecção. Não tenho qualquer fé, nem esperança. Mais logo veremos o primeiro teste de fogo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Você ainda acredita nesta gente?

Primeiro aplicam uma revolução num sector que, segundo os próprios, está bem e recomenda-se (então, porquê revolucionar, mudar sequer?) Depois, aproveitam os bons resultados do sector (estamos a falar da Educação e Ensino Superior) para elogiar a emigração dos jovens brilhantes que não encontram o prémio para as suas capacidades cá no burgo. Como os futebolistas, disse o nosso pequeno Goebbels... Ora, eu devo ser mesmo burro, atrasado mesmo, para pensar que apenas seria bom exportar o que desse lucro, retorno. Exportar os melhores crânios e os melhores em cada área significava, para mim (burro!), ficarmos com os menos bons, com os menos capazes e menos capacitados. Empresas menos competitivas, menos gente competente nos sectores estratégicos, no Estado, etc. Um país menos competitivo, portanto. Eu sou tão burro! O que vale é que somos governados por gente inteligentíssima, altamente competente e perfeitamente capaz para as árduas tarefas que lhes aparecem na frente. Ufa!

terça-feira, 5 de junho de 2012

O enredo dos saques dourados

O pior é que isto é apenas a ponta do véu. Basta ver o que tem sucedido, ao longo da História, aos países intervencionados, alvo das ajudas do FMI ou de troikas e aos saques, verdadeiramente dourados, que aí sucederam e sucedem...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Uma questão de concentração

"Um dos juízes do julgamento de Breivik apanhado a jogar Solitário", diz-nos o Sapo Notícias. A desculpa é que "existem diferentes formas de manter a concentração". Uma vez (penso que já contei esta aqui), durante as alegações finais da Procuradora, um dos Juízes, de olhos fechados e cabeça encostada a uma das mãos, quase caía da cadeira quando a mão escorregou do braço da cadeira e abriu os olhos sobressaltado. Devia estar concentradíssimo, claro...