quarta-feira, 31 de agosto de 2011

E continuo sem apanhar o coxo

Mais uma mentira de Passos Coelho. Até quando temos de lhe dar o benefício da dúvida? Quantas mentiras e erros são necessários para podermos criticá-lo? 50? 100? 1000?

Tirar aos pobres para dar aos ricos (8)

Mais uma vez, o governo anuncia novos cortes na despesa. Mas afinal não é para já. Ou seja, vão anunciar que irão, em Outubro, anunciar os tais cortes. Entenderam? Não se aflija caro leitor, é mesmo para não entendermos e é por isso que contrataram vários bloggers e jornalistas. Mas o que irão mesmo anunciar agora é novos impostos. O costume. Cortar na despesa com motoristas, assessores, "especialistas" e grupos de trabalho (todos remunerados principescamente) é que está quieto? Os cortes na despesa não são esses, mas ao nível da ajuda social. Os passes sociais, que constituem um atentado à privacidade das pessoas, é que devem ser cortados. Os motoristas dos nossso governantes é que são necessários!...

Enquanto isto se passa neste estado de desgoverno e confisco total, continua o Estado sem me pagar o que me deve, pelo meu trabalho. Paga os balúrdios que são conhecidos às grandes sociedades de advogados avençadas e aos assessores, mas a quem trabalha não. Vergonhoso. E na Madeira, que é o que se sabe, continuam a desbaratar o nosso dinheiro. Lá já não há cortes. Nós, os pobres do Continente, é que lhes pagamos.

Pelos vistos, ninguém no governo, entre tanta gente que se diz inteligente e sábia, percebe que isto vai dar buraco, como aqui muito bem esplicado. Parece smples de entender isto, mas o governo continua em direcção ao abismo. É preciso dar tempo, o benefício da dúvida. Quando estivermos em queda no abismo, então acordarão para a vida. Aí, então sim, já podemos criticar os erros grosseiros de governação. E aí, como no passado, abandonarão o barco, uns para cargos europeus, em Bruxelas, outros para grandos tachos no privado, com ordenados ainda maiores. E nós pagaremos a sua incompetência.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Crime

O caso da espionagem a um jornalista do Público é tão simples quanto isto: tratando-se de um crime gravíssimo terá de ser encarado e tratado como tal. Um crime, para ser investigado (saber quem o praticou, como e quando) e julgado. Nada mais.

Empresários

Como poderemos endireitar o País se temos empresários destes?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Notícias de Palermo

O Porto escolheu para festejar os golos no Dragão uma música dos Swedish House Mafia. Sim, Mafia. Calha bem de cada vez que ganham jogos com ajudas das arbitragens. E esta nova temporada já mostrou mais do mesmo, a começar desde logo na primeira jornada, com uma grande penalidade inexistente inventada pelo amigo Olarápio Benquerença, que também deve ser fan dos Mafia, tal como o amigo de hoje.

Tirar aos pobres para dar aos ricos

Nos EUA como em Portugal. Depois admiram-se que as pessoas revoltem-se.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Querem tudo

Esta notícia merece dois comentários.

O primeiro é que, após se ter sabido há tempos que Mário Crespo (que dizem ser jornalista) ambicionava o lugar de correspondente da RTP em Washington e o governo de Sócrates negou-lhe o desejo, tendo, como vingança, passado a dizer mal de Sócrates no seu espaço na Sic Notícias, sabe-se agora que o novo governo, porventura como prémio pelo seus serviços na Sic Notícias contra o anterior governo, convidou-o para o tal tacho na estação pública. O próprio já se mostrou felicíssimo pela hipótese, assegurando ter as habilitações exigidas para o tacho em questão.

O segundo comentário é que este governo, tal como os anteriores, tem uma especial tentação em controlar a estação pública. Mas este abusa. Todos nos recordamos (uns mais do que outros, é certo) de como era no tempo de Marques Mendes (e Cavaco) e como Barroso, através de Rui Gomes da Silva, até tentou censurar um colega de partido, para calar as críticas, mas com o actual governo até já se contrataram um rol de jornalistas e bloggers, depois do serviço prestado na oposição. Agora é controlar o que podem, para 'gerir' a informação veiculada para o povo.

O futebol venceu... mais uma vez

Aquando das meias-finais da Liga dos Campeões da época transacta, escrevi isto e isto, após os dois encontros entre Real Madrid e Barcelona. E, depois de ontem, as palavras de então continuam, a meu ver, a fazer inteiro sentido. De um lado, uma equipe a jogar futebol e a procurar o espectáculo, do outro um grupo de caceteiros que procuram confrontos e violência. E ontem foi o próprio Mourinho a dar o mote ao seu plantel, agredindo o treinador-adjunto do Barcelona. E enquanto continuar assim, continuarei a não ter dúvidas em quem apoiar e por quem torcer.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sem escrúpulos

Enquanto me esmifra até ao tutano com mais impostos e taxas, o governo não me paga o que me deve. Bem pode vir o representante de troika dizer que Portugal está a cumprir o programa pois não está a cumprir as mais básicas regras de seriedade, respeito e ética. Há alguns meses foi criado um movimento de bloggers em que argumentavam "Já basta!" No fundo apenas pretendiam correr com Sócrates, pois o que alegavam defender passou à História, agora que foram recrutados para o novo governo pelos seus estimados serviços na blogosfera. Há alguns meses, já bastava de mentiras, mas agora pode mentir-se, que nem piam. Antes já bastava de aumentar os impostos (a receita), deixando a despesa a níveis inaceitáveis. Agora já são aceitáveis e já não há problema em continuar a aumentar impostos, mesmo que se tenha prometido o contrário. Mentirosos e falsos curandeiros só são alguns. Os outros são políticos diferentes.

É com gente desta que não saímos da cepa torta. Os governantes são apenas a imagem do povo e, como dizia o outro, cada povo tem o governo que merece. Depois queixam-se deles.

Colossal

Parece que havia mesmo um desvio colossal nas contas públicas. E onde havia o desvio? Na Justiça, no BPN e na Madeira. Na Justiça, esperava-se arrecadar mais dinheiro com as custas judiciais. Sucede que as brilhantes mentes que esperavam tal subida nas receitas "esqueceram-se" que os novos valores levaram muita gente (sobretudo da classe média) que, ganha a mais para ter apoio judiciário e ganha a menos para poder suportar as custas, a desistir de ir a Tribunal, perdendo os seus direitos (por exemplo, laborais). No BPN, foi o que foi e o que todos sabemos. Os que estiveram envolvidos em negócios obscuros e até criminosos, estão quase todos safos, ou a viver no luxo ou com novos tachos, atribuídos pelo actual governo (vide CGD ou SNS). Na Madeira, há mais de trinta anos que continua o regabofe, à custa da falta de coragem (para não dizer tomates) da classe política do Continente, a começar pelos chefes de Estado e de Governo.

Entretanto e para, supostamente, acabar com este desvio colossal, o novo governo continua a atacar os do costume: classe média. Ou seja, quem tem culpas pelo estado do país continua a chular o Estado e quem nada fez (ou quase nada), como eu, temos que continuar a sustentar estes vícios egoístas. Várias promessas de Passos Coelho, a versão 2011-15 de Sócrates, foram rapidamente quebradas. O outro é que era mentiroso mas este continua na mesma senda. Tirar aos pobres para dar aos ricos. Todas as semanas temos mais um exemplo disso. Agora é o aumento do IVA na electricidade e no gás, ou seja, em bens de que não podemos prescindir. A promessa de reduzir a despesa e não aumentar a receita continua por cumprir. Se fosse o outro, era mentiroso, mas como é com este, é a vida. Quiseram-nos, não os quiseram? Então habituem-se.

Preparar o terreno

Assino por baixo este comunicado do Instituto de Acesso ao Direito, que chama a atenção para os factos omitidos na comunicação social e por quem, à boleia de mentiras, pretende preparar na opinião pública o terreno para acabar com o actual sistema de acesso ao direito. Vale a pena relembrar que este sistema permite, desde logo, que os cidadãos sem capacidade económica para pagar a um advogado possam ir a Tribunal fazer valer os seu direitos, suportando o Estado o valor dos honorários do advogado. E os valores de que falamos são baixos. 216 euros, que é a média dos honorários por processo (sim, há processos que valem mais mas também há outros que valem menos), equivale a uma simples consulta em muitos escritórios de advogados deste país, mesmo em altura de crise. Isto para as pessoas terem pleno conhecimento do que estamos a falar e não ficam a saber disto pela comunicação social, que limita-se a fazer fretes e a propagandear opiniões e ideias.

Tal como eu, muitos advogados pensam seriamente em abandonar as oficiosas, o que irá reduzir drasticamente o número de advogados disponíveis para representar em Tribunal os mais desfavorecidos. Em 2011 o Estado ainda não pagou um único cêntimo e já vão 30 milhões em dívida. Ou seja, para irmos a Tribunal temos que pagar do nosso bolso as despesas e andamos a trabalhar de borla. E ainda somos todos (repito, todos) apelidados de chulos porque uma minoria (0,008%) abusou da falta de fiscalização por parte das autoridades competentes, que deveriam, por exemplo, confirmar quantas sessões de julgamento efectivamente houve e se o número declarado pelo advogado coincide com esse número.

Já escrevi (aqui, aqui e aqui) que considero este comportamento, reiterado e inaceitável, do Estado (e em particular do Instituto de Gestão Financeira da Justiça) uma burla. Há anos que anda a enganar os advogados e continua impune (por exemplo, não paga juros pela mora nos pagamentos). Muitos, a manter-se este estado de coisas, irão desistir, porque por muita boa vontade que tenham em ajudar os mais desfavorecidos, não estão, em altura de crise, para pagar do próprio bolso e continuar a ser chulados pelo Estado, que actua de má fé. E, desta forma, estará preparado o terreno para se criar a figura do defensor oficioso, que tem cada vez mais adeptos, quase todos nas magistraturas e nos órgãos de polícia criminal (porque será?) e desprezam, como sempre desprezaram, a figura e o papel do advogado na Justiça e na Democracia. E se isto acontecer, quando acontecer, iremos testemunhar mais um enorme retrocesso na nossa já frágil Democracia e no nosso pobre sistema de Justiça. E não contem comigo para colaborar num sistema podre e obsoleto. Assim não.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Os melhores entre os melhores

Vi recentemente um filme chamado "O último contrato", com John Cusak, cuja personagem era um assassino profissional e, numa reunião com colegas do liceu, dizia que era assassino e toda a gente achava normal (e alguns até achavam graça)... Pois o actual governo não tem tido receio de fazer o que tem feito (para mal de quase todos nós) e sem medo da imagem que transmite. E a verdade é que os tugas, de férias, nem se apercebem do que está a acontecer-lhes. Lá para o Outono, quando já quase tudo estiver feito (e feito para os amigos), pode ser que acorde para a vide.

O BPN/SLN deu naquilo que todos sabemos, mas quem lá esteve já arranjou tachos noutros sítios bem agradáveis. Uns na Caixa Geral de Depósitos, outros no Serviço Nacional de Saúde. Entretanto, o homem que por onde passou (Sporting, Figueira da Foz, Lisboa, governo) só fez asneira, lá conseguiu safar-se com um tachito igualmente agradável. Já sabemos que, de manhã, está-se bem é na caminha, por isso pode ser que as tardes sejam bem mais animadas a distribuir esmolas pelos mais pobres.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

112

O grupo parlamentar do PSD bem pode garantir que não fez nenhuma chamada falsa, que não deixa de existir um ilícito criminal só por isso. Aliás, segundo li, a jovem deputada anda a estudar Direito. Não admira, de tão nova (26 anos), que cometa uma gaffe destas. É o que fazem as cunhas. Mas pode ser que ainda vá a tempo de aprender umas coisitas na cadeira de Direito Penal ou de o professor lhe colocar umas questões na oral sobre chamadas para o 112...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CMVM

Neste país já nada é de estranhar. Quem tem Alberto João Jardim a fazer o que faz, ou Pinto da Costa com o poder (e influência) que tem, não pode esperar um país melhor e mais evoluído. O que se está a passar com a CMVM, depois do "caso Roberto" e dos esclarecimentos pedidos ao Benfica, consubstancia, objectivamente, um tratamento desigual. Aqui estão alguns exemplos, concretos, de casos em que a CMVM nem pestanejou, muito menos pedir esclarecimentos. aos clubes em causa. Mas com o Benfica estão sempre a pedir, quando nem sequer estão em causa contas em offshore (como nos casos dos outros clubes). Não sei se o polvo da nossa Palermo chegou à Av. da Liberdade, mas a suspeita ficará no ar, pelo menos enquanto a CMVM continuar a ter este comportamento parcial e manifestamente desigual perante casos iguais. E em instituições como a CMVM é como a mulher de César, não basta ser séria, tem também de parecer. E a CMVM não parece, nem de perto nem de longe, séria.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Você ainda acredita em Passos Coelho?

Mais uma promessa quebrada. Como chamavam a Sócrates por quebrar promessas eleitorais? "Mentiroso", não era?...

Tirar aos pobres para dar aos ricos (7)

Fala-se que as vias rápidas, como o IC19, passarão a ter portagens. De momento, os administradores da Estradas de Portugal ainda são boys do PS, mas rapidamente serão substituídos por boys do PSD (e CDS) e há que manter o seu nível de vida (salários acima dos 10 mil euros mais viatura, combustível e telemóvel, claro). E como compensar estes gastos? Subindo os custos para os pobres utilizadores, que não têm qualquer alternativa ao IC19 senão... auto-estradas com portagens, como a CREL, a A16 ou a A5.

A notícia diz que a decisão final será do governo e atendendo às decisões recentes deste, então teremos, certamente, mais custos para os pobres, para sustentar as vidas de luxo dos ricos. Queriam o Passos Coelho não queriam? Então tomem lá.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dizem que é uma espécie de Democracia

Há muito que é sabido que o regime madeirense é tudo menos uma Democracia. O problema é quando os órgãos de soberania nacionais mostram medo perante tal regime. E quando isto sucede é a própria Democracia do país que está em causa. Nem aquele senhor que dizem ser o Presidente da República (tal como os antecessores), nem o Governo (este e os anteriores) nem os Tribunais têm a coragem de fazer o que há muito deviam ter feito: cumprir e fazer cumprir a Lei. Depois admiram-se que estejamos à beira da falência técnica, quando já falimos enquanto país há muito, a começar pelos valores e princípios éticos...

Adenda: ler o Sérgio Lavos.

Tirar aos pobres para dar aos ricos (6)

O buraco do BPN foi colossal para as finanças públicas. Enquanto os criminosos que provocaram tal colossal buraco não são condenados, há que repor o máximo possível do valor perdido pelo Estado. E a ser verdade o que aqui se lê, de que havia uma proposta bem mais atractiva e bem melhor para os cofres públicos, fica a suspeita no ar: a quem beneficia esta escolha? Os contribuintes, chamados a pagar um imposto extraordinário, ficam com menos 60 milhões de euros, resta, pois, saber quem ficou a ganhar esses mesmos 60 milhões. O facto de o suposto beneficiário ser um homem-forte do partido do governo pode não passar, claro, de mera coincidência...