Parece que havia mesmo um desvio colossal nas contas públicas. E onde havia o desvio? Na Justiça, no BPN e na Madeira. Na Justiça, esperava-se arrecadar mais dinheiro com as custas judiciais. Sucede que as brilhantes mentes que esperavam tal subida nas receitas "esqueceram-se" que os novos valores levaram muita gente (sobretudo da classe média) que, ganha a mais para ter apoio judiciário e ganha a menos para poder suportar as custas, a desistir de ir a Tribunal, perdendo os seus direitos (por exemplo, laborais). No BPN, foi o que foi e o que todos sabemos. Os que estiveram envolvidos em negócios obscuros e até criminosos, estão quase todos safos, ou a viver no luxo ou com novos tachos, atribuídos pelo actual governo (vide CGD ou SNS). Na Madeira, há mais de trinta anos que continua o regabofe, à custa da falta de coragem (para não dizer tomates) da classe política do Continente, a começar pelos chefes de Estado e de Governo.
Entretanto e para, supostamente, acabar com este desvio colossal, o novo governo continua a atacar os do costume: classe média. Ou seja, quem tem culpas pelo estado do país continua a chular o Estado e quem nada fez (ou quase nada), como eu, temos que continuar a sustentar estes vícios egoístas. Várias promessas de Passos Coelho, a versão 2011-15 de Sócrates, foram rapidamente quebradas. O outro é que era mentiroso mas este continua na mesma senda. Tirar aos pobres para dar aos ricos. Todas as semanas temos mais um exemplo disso. Agora é o aumento do IVA na electricidade e no gás, ou seja, em bens de que não podemos prescindir. A promessa de reduzir a despesa e não aumentar a receita continua por cumprir. Se fosse o outro, era mentiroso, mas como é com este, é a vida. Quiseram-nos, não os quiseram? Então habituem-se.
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