quinta-feira, 31 de maio de 2012

Aventura

Vou passar três dias à nossa Palermo. Espero regressar íntegro e bem de saúde.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Imprensa suave

Tão agressiva com alguns e tão suave com outros...

Roubar aos pobres para dar aos ricos (47 e 48)

Mais dois exemplos da bandalheira total: este e este.

Má gestão

O que se passou com o Luís Novaes Tito também se passou comigo. Fui ontem levantar a carta registada c/ AR e vou contestar. Não vou pagar por um problema causado pelos próprios. Mais. Suspeito que estaremos, até, perante um crime de burla na forma tentada. Voltarei ao tema.

Estímulos

Ao ler isto, isto e isto fico a pensar que estamos na China.
Votou em Passos Coelho ou em Portas? Paciência. Agora aguente-se. E se está mal, mude-se. Emigre.

Apenas os meios são um pouco diferentes (mais evoluídos)

Quase 40 anos depois, eles continuam por aí...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Regresso ao passado

Pagamos à RTP por duas vias: impostos e uma taxa escondida na factura mensal da electricidade. E pagamos para isto. Hoje voltei e beliscar-me para ter a certeza que estava em 2012, mas volto a ler as recentes notícias e fico com a convicção de que estou a 24 de Abril de 1974. E revolta-me saber que estou a pagar a censura e a contribuir financeiramente para a destruição da Democracia.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Notícas de Palermo

Em Itália, 19 jogadores foram detidos por suspeitas de combinação de resultados. Na Palermo portuguesa, no pasa nada. Tudo na mesma. E toda a gente sabe e vê como alguns resultados são combinados, jogadores e treinadores aliciados, que, em certos jogos estão "desinspirados" e tantas outras coisas estranhas...

domingo, 27 de maio de 2012

Putrefacção

Arnaut e João Miranda, dois advogados oficiosos do nosso pequeno Goebbels, dois brilhantes contorcionistas, que conseguem, com uma ginástica argumentativa tão impressionante quanto falsa, enterrar ainda mais o pequeno líder, em vez de o absolverem, como pretendem.
Perante estas duas defesas absolutamente incapazes, não restam mais dúvidas sobre o que se passou. E o que se passa no relacionamento entre a actual maioria e os media. É que o controlo é de tal forma absoluto que até o militante nº 1 do próprio partido é atingido. Creio, como ontem escrevi, que esta foi a machadada final na credibilidade desta gente. Sou demasiado novo para me recordar da instabilidade governativa no pós-25 de Abril, a minha memória política não vai mais do que Cavaco, mas não me recordo de um governo que tivesse atingido a putrefacção total em tão pouco tempo.

sábado, 26 de maio de 2012

Deve ser este o tal plano de controlo absoluto de que alguns falavam

Com muito menos informação, dados, elementos e "provas", acusaram outros de quererem controlar toda a comunicação social, de terem um plano sórdido para controlar todos e controlar a informação veiculada para o público. Com muito mais dados, informação, elementos e "provas", reina o silêncio, obviamente cúmplice, em torno da verdadeira rede de espionagem que operava (opera?) em Portugal. E a essa rede ninguém escapa. Tiveram, creio, o azar de atingir quem não deveriam atingir. Se até agora os media calaram-se perante as pressões, chantagens e temores reverenciais dos patrões, estou certo que algo mudará daqui em diante. Dizem-se tão inteligentes e garantem ser melhores que todos os outros, mas cometem os mesmos erros e pecados que os outros. Desde logo com Sócrates. Fico, pois, à espera das novas t-shirts do Crespo, das novas declarações do Rangel no Parlamento Europeu e das novas acusações e queixas-crime do casal Moniz. Sentado, claro está...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cães amestrados

São tão cegos nas tarefas atribuídas pelo dono que nem reparam nos pormenores que provam as manipulações. É o que faz serem amestrados e não ter vontade nem sequer pensamento próprios. Os cães amestrados - e andam por aí vários - são assim: limitados no seu ser.

Tráfico de favores

Para quem percorre os meandros da Justiça sabe que isto não é novidade nenhuma. A promiscuidade entre Justiça, Política, mundo empresarial e Comunicação Social sempre foi inaceitável. Trocam-se favores, por vezes à claras, e ninguém quer alterar o status. Não convém. Basta, aliás, constatar a passividade do Ministério Público quanto aos crimes de violação do segredo de Justiça para se perceber o que está em causa.

Apagar a memória

Não vale a pena virem com mentiras, deturpações e spinning, pois a verdade é como o azeite. Por muito que tentem, nunca conseguirão apagar a nossa memória. E a violência, que lhes está no sangue, não cala a liberdade de expressão. As ameaças e chantagens não calam a Democracia e a Justiça. Juntos, lutaremos sempre pela verdade, pela Justiça e pela Liberdade. A Justiça, se não quer ser conivente e alvo da revolta quando o 25 de Abril chegar ao Desporto, tem de actuar. O que está em causa não é desporto, futebol ou basquetebol. O que está em causa, como aqui bem referido, é a luta entre a civilização e a barbárie. Eu apoio a civilização. E vocês?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os números da desgraça

Houve quem achasse que ainda se devia dar o benefício da dúvida e dar tempo ao tempo, para ver os resultados do caminho trilhado por este desgoverno. Pois bem... os resultados mais recentes, na linha dos anteriores, provam (como se ainda não estivesse provado) que este caminho é errado. Errado para a esmagadora maioria, mas não podia ser mais certo e adequado para alguns.
Como pergunta o Luís Novaes Tito, se estes resultados eram previsíveis, então porque seguiram este caminho? Pelos amigos, claro. Porque não há almoços grátis e o investimento dos amigos tem de ser recuperado antes de que isto estoire de vez.

Coitados, que não podem agredir à vontade

Imaginemos um ladrão que, assim que é apanhado em flagrante pela polícia, começa a protestar por não o deixarem roubar... Coitadinho não é? Depende. Se for um ladrão de Palermo, da família siciliana, é um pobre coitado, que apenas faz pela vida. E o que faz o chefe da família siciliana? Nega o crime e ainda diz que foi vítima da polícia. Que ética e honestidade!...

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Justiça

Houve quem tivesse tentado (e conseguido, até certa altura) manipular a opinião pública e escrevi, então (aqui, aqui, ou aqui), que a história estava muito mal contada pelos media. Com o tempo fomos sabendo o que verdadeiramente se passou e descobrindo as manipulações, as mentiras e as falsidades. Passados estes anos, é justo que uma das vítimas das manipulações mediáticas seja compensada* pelas atropelias de que foi vítima por entidades públicas que, em vez de aplicarem a Lei e cumprirem as decisões dos Tribunais, preferiram fazer-lhes vista grossa e ajudar, numa atitude puramente corporativista, um colega.

* Quem é pai sabe que nada poderá compensar tantos anos perdidos. Se fosse comigo, isto seria uma gota no mar de tristeza e raiva que com toda a certeza sentiria. Mas esta gota também serve para punir e censurar socialmente quem errou. E que sirva de exemplo.

Silêncio dos cúmplices

Calar as vozes críticas, só porque não gostamos de as ouvir, é um sintoma dos espíritos totalitaristas. Enquanto uns pedem a censura, outros pedem que nos calemos perante tanta atropelia e tanto roubo. É "comer e calar", como antigamente. Estes pequenos ditadores, que por aí andam com saudades de outros tempos, por aí continuarão, a perorar, porque a Democracia e a Liberdade - não é irónico? - permite-lhes dizer e fazer estas disparates. Por isto e ao contrário dos falsos defensores da Democracia e da Liberdade (que só falam quando lhes convém), os verdadeiros terão que falar alto e defender os valores da Democracia. Porque quando nos calarmos é a própria Democracia que se vai.

Silêncio dos inocentes

O que mais me espanta nesta decisão é o desconhecimento (?) da Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) em matéria de liberdade de expressão, tão falada e discutida nos últimos tempos por causa de opiniões sobre políticos e governantes - consideradas por aqueles injuriosas mas legais e admissíveis pelo TEDH. É verdade que é "apenas" uma providência cautelar, provisória e que a empresa terá de provar o fundamento da acção principal (as providências cautelares dependem sempre da acção principal), mas para além de colocar a opinião pública contra o magistrado em causa e a Justiça no seu todo (que anda nas ruas da amargura em termos de opinião pública, como a mais recente sondagem para o Expresso, a SIC e a Visão o mostra) coloca em causa a própria imagem da empresa (ou empresas). O feitiço virou-se contra o feiticeiro e as críticas e as denúncias espalharam-se na blogosfera e redes sociais (Facebook à cabeça) à velocidade do vento. Queriam "calar" as denúncias mas acabaram por promover a sua divulgação. Tal como no caso da Ensitel, alguém andou a ser mal aconselhado, desde logo juridicamente...

Certeiro

Quem me lê há mais tempo sabe que nunca fui fan de Marinho Pinto. Discordo totalmente da forma como critica e como reclama. Mas, apesar da forma trauliteira, tem razão na maioria do que diz. E no discurso que fez na semana passada, no Dia do Advogado, voltou a ser certeiro em muitas questões. deixo um excerto:

"Os pais fundadores do actual regime democrático, ou seja, os lideres dos 4 principais partidos políticos que emergiram com a revolução do 25 de Abril de 1974. Foram 4 homens de formação jurídica profundamente comprometidos com os problemas do ser humano que sabiam como sabem os advogados que a primeira exigência do direito é o respeito absoluto pela pessoa humana.
Hoje os dirigentes do país só sabem falar em dinheiro, como ganhá-lo, como multiplicar, nem que seja há custa dos mais desumanos sacrifícios impostos às pessoas.
Quem não tiver dinheiro não tem direitos. E o Estado exige dinheiro e cada vez mais aos idosos e à população em geral para terem acesso à saúde e se o não tiverem que morram abandonados na solidão.
O estado exige dinheiro e cada vez mais a quem precisa de ir ao tribunal para defender os seus direitos e interesses legítimos. Quem o não tiver que faça justiça pelas próprias mãos.
O Estado exige dinheiro aos estudantes e cada vez mais para poderem estudar. E uma vez concluída a sua formação académica lança-os no desemprego ou então aconselha-os sem qualquer pudor a emigrarem. São os próprios governantes deste país que dizem aos jovens para procurarem outro país e não há maior forma de exemplificar a ideia que esses governantes têm do futuro de Portugal.
Essa volúpia compulsiva pelo dinheiro chegou já à própria justiça onde tudo é permitido para criar excelentes oportunidades de negócio com a própria justiça. Tem sido um verdadeiro regabofe, um fartar de vilanagem.
A acção executiva que durante séculos foi tramitada sob a direcção de um juiz, de repente, foi entregue a profissionais liberais que nem sequer eram licenciados em direito.
O resultado está a à vista e dispensa-me de o explicitar.
Com a mesma leviandade o actual Governo que entregar o processo de inventário aos notários. Metamorfoseando-os por decreto em juízes e olvidando que esse é o processo mais litigioso de todos. Quando os herdeiros se entendem quanto à partilha da herança tudo corre bem. E não problemas nenhuns. Quando se não entendem. Quase sempre tudo corre mal. E é o juiz enquanto representante da soberania do Estado e sobre tudo os advogados enquanto representantes dos interessados que logram a solução dos problemas através da composição justa dos quinhões hereditários.
Em vez de dignificar e fomentar a justiça pública, a justiça soberana, o Governo está deliberadamente a degrada-la para obrigar os cidadãos e as empresas a recorrerem à procura de outras formas de justiça privada, como as arbitragens, na qual alguns membros deste Governo têm interesse directo e bem conhecido do público. É a velha táctica de degradar deliberadamente serviços públicos para obrigarem as pessoas a recorrerem aos privados nos quais muitas vezes os próprios governantes têm interesses directos.
As ligações da actual Ministra da Justiça ao negócio das arbitragens deveria inibi-la de tomar decisões sobre esta matéria.
Mas não. Com o maior descaramento ela fá-lo sem que aparentemente ninguém se preocupe com isso.
Mas há mais. Este Governo, que se apresenta como o campeão do liberalismo em matéria económica, actua no domínio da justiça como se o regime fosse uma ditadura, querendo controlar todos os aspectos mesmo os mais insignificantes da vida dos cidadãos.
Este Governo quer combater a criminalidade como na Idade Média se perseguia a bruxaria. Quer meter na cadeia quem minta aos funcionários públicos equiparando-os assim à dignidade dos juízes.
Este Governo quer julgar em processo sumário e a quente em cima dos acontecimentos crimes gravíssimos ao mesmo tempo que institui a prisão obrigatória com crimes com diminuta gravidade.
Este Governo enquanto privatiza dimensões fundamentais da justiça quer transformar outras formas de justiça tradicionalmente nas disponibilidade das partes em justiça estritamente pública totalmente na dependência do juiz como acontece com as propostas de alteração ao Código de Processo Civil.
Quem concebeu e apresentou estas propostas não anda seguramente pelos tribunais ou então quer degradar ainda mais a justiça do Estado para que as pessoas fujam delas e recorram à justiça privada, nomeadamente, às arbitragens.
O que as propostas de revisão do Código de Processo Civil vão ocasionar é uma debandada dos tribunais para as arbitragens e outras formas privadas de justiça. E é isso que pretende o actual Governo e alguns dos seus seguidores na área da justiça e até própria Ordem dos Advogados.
O processo civil cujo objecto está na disponibilidade das partes – Devia estar na disponibilidade das partes – passará a ser totalmente controlado pelo juiz sem que os portadores dos interesses privados em confronto, interesses disponíveis repete-se, possam ter qualquer decisão sobre a instância.
A fúria legisladora do actual Governo no mundo da justiça é uma fúria assassina para a própria justiça.
Não há. Nunca houve. Nem haverá justiça digna desse nome num país onde as leis fundamentais para os cidadãos estão sujeitas a permanentes alterações feitas sobre tudo ao sabor dos humores instáveis de quem tem, lidera, e gere a respectiva pasta.
Será que os restantes membros do Governo não pensam individualmente consequências para o país desta instabilidade legislativa?
Será que os deputados na maioria perderam todo o sentido de dignidade da sua função de legisladores e estão ali apenas para aprovar obedientemente todos os disparates legislativos que lhe sejam remetidos por este Governo de economistas?
O que se passou com aquela tentativa primária de criminalizar o enriquecimento ilícito a reboque de um jornal tablóide de Lisboa, atropelando sem nenhum pudor, alguns dos princípios fundamentais da nossa Constituição.
Não estará a pensar por momento que seja na relevância de uma função, a de deputado, que não pode ser colocada ao serviço dos delírios legislativos de um Governo que não tem uma visão global e integrada dos problemas da justiça e apenas está interessado em fazer ajustes de contas com os seus próprios fantasmas e criar condições para que em torno da justiça floresça e prosperem o mesmo tipo de negócios privados que outrora floresceram e estão a prosperar em torno da saúde.
Será que o nosso parlamento os nossos deputados consentirão que as declarações prestadas em inquérito perante o Ministério Público, ou seja, perante os acusadores valham como prova em julgamento perante um juiz quem em muitos casos nem se quer ouviu o arguido?
Será que os nossos deputados vão consentir nessa aberração quando se sabe que a prisão preventiva é cada vez mais usada fora das suas finalidades legais e como instrumento para forçar os arguidos a colaborarem com os investigadores como ainda esta semana se viu com um processo muito mediático?
Será que a prisão e liberdade dos cidadãos vai estar subordinada não aos imperativos legais abstractos, objectivos e gerais, mas ao arbítrio de conveniências processuais dos acusadores?
Então agora o juiz de instrução pode ser ainda mais papista que o Papa, ou seja, pode durante um inquérito presidido pelo Ministério Público, aplicar medidas de coação mais severas do que as pedidas pelo próprio Ministério Público?
Que justiça é esta num país com a mais baixa taxa de criminalidade da Europa Ocidental. Com a criminalidade menos violenta da Europa Ocidental. Mas que já outra vez com a maior taxa de reclusão da Europa Ocidental. Ou seja, com cerca de 130 reclusos por cada 100 mil habitantes?
E meus caros colegas perante este panorama o que faz o escol da nossa classe?
O que faz a elite da advocacia portuguesa diante desta calamitosa situação?
Calam-se. Ou então até aplaudem em público os causadores desta situação. E por vezes até – pasme-se – vêm a terreno atacar aqueles que em nome dos advogados e dos cidadãos a denunciam publicamente.
O dinheiro, sobre tudo quando é muito, tem a virtualidade de comprar até parcelas significativas da dignidade pessoal e profissional.
Meus caros colegas muitos dos grandes nomes da advocacia portuguesa estão calados perante este panorama desastroso apenas para não prejudicarem os excelentes negócios que têm andando a fazer e continuarão a fazer e esperam continuar a fazer com o Estado, com o Governo, com as empresas públicas, com os institutos públicos com administração central e local.
O silêncio voltou ser literalmente de oiro. O silêncio voltou a ser literalmente a alma de muitos e bons negócios que não que não se querem conhecidos.
Infelizmente não podemos contar com esses empresários da advocacia para os grandes combates que teremos de travar no futuro e que já estamos a travar.
A eles só lhes interessa o dinheiro. E por dinheiro e pela expectativa de o ganharem mais facilmente alguns até são capazes de se aliarem aos nossos piores inimigos e virem a público atacarem aqueles que em nome dos advogados e da cidadania mais se destacam nesses combates.
Meus caros colegas o que pensar de um Governo que ataca como nenhum outro o fizera antes, a independência dos juízes portugueses, colocando-a muito abaixo da dos funcionários de uma instituição de supervisão bancária como é o Banco de Portugal.
Que pensar de um Governo que reduz os titulares de um órgão de soberania como são os tribunais à categoria de meros funcionários com uma dignidade e um estatuto funcional muito inferior ao dos funcionários daquela instituição.
Então das decisões do Banco de Portugal em matéria de supervisão não se recorre para os tribunais? Para um juiz?
Então porque é que este Governo cortou os rendimentos dos juízes e não os dos funcionários do Banco de Portugal?
Este Governo de economistas quis dizer pura e simplesmente com essa medida duas coisas muito claras:
Que os juízes portugueses são meros funcionários e que para ele, Governo, os funcionários do Banco de Portugal são mais importantes, são mais independentes e têm mais dignidade do que os juízes de direito.
Essa situação foi lamentavelmente – temos que o reconhecer – propiciada pelos próprios juízes. Que ao criarem uma organização sindical para os representarem e sobre tudo ao fazerem greves às suas funções soberanas, criaram as condições para assim serem tratados.
Dir-se-ia que eles estão a ser tratados como actuaram ao longo destas últimas décadas. Dir-se-ia que isto é uma questão inter alios.
Mas não. Está em causa a boa administração da justiça que é um valor superior do Estado de direito e um serviço público e essencial ao progresso económico e ao desenvolvimento pacífico da nossa sociedade democrática.
Não haverá boa administração da justiça sem juízes independentes. E não haverá juízes independentes quando um qualquer Governo por motivos conjunturais lhes pode diminuir tão drasticamente as remunerações.
Meus caros colegas ao contrário do que actuação de muitos juízes tem sugerido, a começar por muitos dos seus dirigentes sindicais, a independência deles não é um privilégio corporativo ou pessoal. Mas sim uma garantia do estado de direito aos cidadãos e à sociedade democrática de que a justiça será administrada de acordo com a lei e o direito sem quaisquer dependências em relação a outras instancias. Por isso tal como em outros momentos da nossa História teremos de ser nós advogados a sair também e mais uma vez em defesa dessa garantia da boa administração da justiça que é a independência dos juízes. Sem juízes independentes não haverá justiça. E por isso é nosso dever lutar pela independência dos juízes pois só assim poderemos ter uma justiça realmente independente."

terça-feira, 22 de maio de 2012

Porque não convém falar na Islândia

É natural que haja tanta gente assustada com a "ameaça" de Alexis Tsipras. É que a Islândia provou que este caminho é errado e apenas favorece os bancos e os grandes negócios e empresários, em prejuízo dos cidadãos. O caminho não pode ser, como escreveu o Daniel Oliveira, a transferência do dinheiro público, de todos nós, para os bolsos privados de alguns amigos do Poder. Ninguém fala no exemplo islandês, porque não convém. Falar na Islândia é demonstrar que esta gente está errada. Falar na Islândia é trazer a público os negócios criminosos de alguns, que, agora, tentam colmatar os prejuízos e recuperar os brutais lucros à nossa conta. Falar na Islândia é centrar o debate na solução para a crise, em vez de concentrar as atenções na austeridade, supostamente necessária. Falar na Islândia é falar na possibilidade desta gente ser acusada criminalmente, por roubar aos pobres para dar aos ricos. Por isto tudo não convém falar na Islândia. Pelo menos enquanto os bolsos daquela gente não estiverem cheios...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Crime de extorsão

É ilegal e está previsto no Código Penal. Mas quando é praticado pelo Estado, então já é legal. Não estranhem! Afinal de contas, estamos em Portugal...

sábado, 19 de maio de 2012

Se houvesse justiça no Futebol...

... este Chelsea nunca seria campeão europeu, nem chegaria, sequer, à final. Mas o Futebol é assim. Nem sempre vence o melhor e, por vezes (como hoje), há equipas que vencem com imensa sorte e sem o merecerem. À base do cinismo (estampado, aliás, no sorriso do seu treinador), do anti-jogo, de uma mentalidade contrária à arte que é o futebol. Enfim... é o futebol.

O pequeno Goebbels

O Público tem sido, até de forma um pouco surpreendente, um dos poucos órgãos de comunicação social que não estão amestrados por esta Maioria, por este Governo. Em contraponto com a generalizada passividade e com o silêncio reinante nos media nacionais, tem sido, juntamente com o Expresso e a SIC, uma luz na escuridão. Por este motivo, não é de estranhar que o nosso pequeno Goebbels tenha tentado amestrar também este jornal. Porque já se percebeu (nas manifestações por exemplo) que esta gente não tolera opinioes contrárias. Não fosse o Sr. Silva ter estado integrado no sistema que vigorou até 25 de Abril de 74, já tinha exigido ao rapazola que dizem ser Primeiro que demitisse o nosso pequeno Goebbels.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Esconder o crime

Algumas questões que deveriam estar na ordem do dia, mas que estão a ser escondidas graças aos interesses de Palermo.

Dizem que é uma espécie de País...

Com tanta incompetência e displicência, o que seria de esperar?

Negócios?

O grupo de jogadores que disputa um Europeu ou um Mundial deveria ser o conjunto dos melhores, dos que estão em melhor forma. Um dos problemas da Selecção Nacional - ou da equipa da Federação, como alguns lhe chamam - tem sido este, deixam-se de fora jogadores em grande forma e são convocados alguns duvidosos. Este ano não é excepção. Paulo Bento chama Miguel Lopes, que fez uma época mediana, e deixa de fora Nélson, que, com toda a razão, sente-se injustiçado. E, apesar de tudo, Hugo Viana renderia mais que Ruben Micael. Ou mesmo Varela, que fez uma época irregular, deveria dar lugar a, por exemplo, Eliseu, que seria uma alternativa a Coentrão, pois, se este se lesiona, ficamos sem defesa esquerdo (Miguel Veloso não é defesa esquerdo, ao contrário do que P. Bento possa pensar). Muita gente considera que, por trás das escolhas para Europeus e Mundiais, estão negócios, pressões, favores, etc. No último Mundial tivemos o caso Moutinho, que, ficando inexplicavelmente (porque até era o capitão do Sporting quando P. Bento era treinador do clube) de fora, permitindo que ficasse mais barato ao Porto. E estes exemplos que agora deixei legitimam, novamente, tais acusações. Como a mulher de César, não basta ser sério e Paulo Bento deveria também parecer sério.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Exclusivo

O Legalices sabe, de fonte segura, que o Sr. Silva está no bunker do Palácio de Belém a pensar no discurso que dirigirá ao povo, mais logo pelas 20h. Isto depois de ter lido esta notícia que nos dá conta da espionagem a e-mails, que o deixou à beira de uma depressão. O Legalices sabe, ainda, que o assessor Lima garantiu-lhe que não sabe de nada.

O dinheiro não se evapora

Como já aqui escrevi, se o dinheiro sai de um lado, vai para outro. Não se evapora. Por isso, se a esmagadora maioria da população está a empobrecer, alguém está a enriquecer à sua custa. Eis alguns exemplos. Ainda acredita no rapazola que jura a pés juntos que os sacrifícios são para todos?

Um homem invulgar...

Sem dúvida que o nosso PM tem-se mostrado invulgar. Um invulgar ignorante na política! Depois desta, agora é esta. Mais valia estar calado e não inventar livros que não existem do que fazer figura de burro. O calor no Parque Eduardo VII fez-lhe, definitivamente, muito mal.

"Exactamente"

"Exactamente" igual não, com nuances já pode. Como se tem visto, desde logo pelas ordens que foram dadas às forças policiais em reprimir a liberdade de expressão e as opiniões contrárias, mesmo que legais e legítimas. Exemplos já aqui dei vários, desde que este rapazola manda (ou pensa que manda) nisto.

O empobrecimento também na Justiça (2)

Eduardo Maia Costa, Juiz Conselheiro do Supremo, tem um entendimento diferente deste caso (a que fiz alusão no sábado). Invoca, para o efeito, o multiculturalismo e o respeito pelas diferenças das minorias, neste caso a cigana. Mas, se invocamos este argumento neste caso, teremos que o invocar também noutros, de outras minorias (em Portugal). Assim, de repente, estou a pensar nas mulheres que se casam com muçulmanos e que podem (sim, podem, o que é legal na esmagadora dos países muçulmanos) "sequestrar" a mulher para impedir que esta, por exemplo, fuja do país e do marido. É legal nos países deles, mas não no delas, Portugal. Será que o marido seria absolvido do crime de sequestro (ou rapto, conforme a situação em concreto) com base neste argumento. E se esse processo chegasse ao Supremo e caísse na secretária do Conselheiro Maia Costa, será que este o absolveria? Ah pois é...

sábado, 12 de maio de 2012

O empobrecimento também na Justiça

As mais recentes alterações legislativas, das laborais à penais, transformarão, tenho a certeza, Portugal num país pior e menos justo. E mais desigual. Os primeiros sinais não deixam dúvidas. Já tenho dado vários exemplos e esta semana temos mais dois: este (via Jugular) e este. Também na Justiça estamos a - e vamos ainda mais - empobrecer.

Natural

Considero natural que alguém que se lincencie apenas aos 38 anos e só tenha arranjado um emprego* na empresa do padrinho e nao tenha feito mais nada na vida, diga barbaridades e disparates como este.
Quando as limitações são grandes, os resultados são pequenos.

* Note-se que escrevi 'emprego' e não 'trabalho'. Quem trabalha sabe qual a diferença...

Não é possível

Não, não é possível que esta gente, tão séria e boa, possa fazer o mesmo que os seus antecessores, os filhos do demo liderados pelo demo-mor Sócrates. Não é possível, não acredito. Só pode ser mentira. O Relvas? Não, nunca.

Votou neles?

Então deve estar contentíssimo por isto, isto, ou isto, certo? Ah não está? Paciência! Houve quem o avisasse...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Poderes absolutos, não obrigado (2)

Recordo, mais uma vez, este vídeo, para se perceber como trabalham alguns elementos da nossa Justiça. Ao ler esta notícia fica-se com a sensação de que alguma coisa nos escapa para não percebermos:
1) como a Justiça consegue ser extremanente célere quando os queixosos são magistrados (juízes ou procuradores) e extremamente lenta quando é um cidadão "comum";
2) como se atribui um valor tão elevado, quando comparado com a jurisprudência dominante e com os valores das indemnizações atribuídas, por exemplo, em caso de morte ou nos processos de homicídio;
3) como é possível um magistrado decidir em causa própria e no sentido contrário à jurisprudência dominante em Portugal (e unânime no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem).
A imagem da Justiça e dos seus operadores está no fundo e estes não se preocupam com isso. Basta ler, como refere e bem o Graza, os comentários da notícia e percebemos como as pessoas ficam indignadas e não compreendem estas decisões. Se é verdade que os juízes não devem decidir com as emoções dos cidadãos, não é menos certo que devem decidir para eles, para o povo. E se este fica convencido que decidem para bem próprio e não para o povo, é natural que este se revolte e proteste. Basta olhar para a História...

Roubar aos pobres para dar aos ricos (46)

É sempre bom sabermos que este desgoverno, tão implacável e irredutível com os interesses e direitos da população em geral, é manso e permissivo para os interesses particulares de uma determinada entidade, que já é beneficiada, por exemplo, nos impostos baixos que paga ao Estado (escapando aos sacrifícios pedidos à população em geral). Se a beatice deste desgoverno, tal como a incompetência, pagasse imposto estaríamos bem melhor.

terça-feira, 8 de maio de 2012

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Balança inclinada (2)

Imaginemos um empregador que não gosta de uma determinada funcionária. Sei lá, por causa de ter muitos filhos e estar sempre de licença. Quer "despachá-la", mas não sabe como. A solução é simples. Primeiro, vota num partido neoliberal, na esperança que vença as eleições e forme governo. Ao mesmo tempo, faz donativos - e quanto mais generosos forem melhor - para esse partido. Em conversas, durante convívios, encontros, campanhas, etc, dar a entender que pretende uma legislação mais "flexível", entenda-se amiga. Quanto este partido vencer e formar governo, estabelece novos contactos, apenas para recordar os bons momentos antes das eleições e lembrar os donativos - e quanto mais generosos foram melhor é a memória dos recém eleitos. Este aprova uma legislação "mais flexível". Já pode, agora, "despachar" a tal funcionária que, entretanto, teve mais um filho e está prestes a terminar mais um período de licença de maternidade. Primeiro, trata de organizar uma reestruturação da empresa, modificando algns postos de trabalho e extinguindo outros. O posto da tal funcionária é um dos que é extinto. Com a legislação anterior, estava obrigado a colocá-la num outro, compatível com as suas funções. O que sucedaria, não fossem os donativos generosos e a alteração legislativa. Agora, já não está obrigado a recolocá-la. Pode, pura e simplesmente, "despachá-la", como sempre quis. Irá contratar um jovem licenciado, com um vencimento bem inferior e com um contrato mais favorável para si e não quer saber se a tal funcionária tem filhos e precisa de os sustentar. E também não quer saber se o jovem licenciado que, na prática, a irá substituir será melhor ou pior trabalhador. Estava era farto daquela chata, que só lhe criava transtornos. Ela até pode ir para Tribunal, impugnar o despedimento e até vencer. Mas não há problema. Outra das alterações legislativas do partido que financiou há uns meses atrás foi acabar com as indemnizações e penalizações. Pode despedir à vontade, pois não há qualquer sanção para as suas práticas laborais, mesmo que imorais e ilegais. O crime compensa, mas ele não quer saber. Pagou para isso, fez um investimento e agora exige o retorno. A empresa, entretanto, entra em dificuldades financeiras, por evidente má gestão. Mas ele está convencido que está no bom caminho para recuperar. A culpa era do criminoso do Socratino, que deu cabo do país e da economia e não percebe como ainda não foi preso.(ao contrário do actual governo que está a fazer tudo bem e por isso é que lhe doou dinheiro).
Qualquer coincidência entre esta história ficcional e a realidade é pura coincidência. Garanto.

Poderes absolutos, não obrigado

Ao ler este texto do Valupi lembrei-me, assim de repente e a título de exemplo, daquele juíz que, após uma diligência que envolvia um certo jogador de um certo clube de futebol, pediu bilhetes para um jogo desse clube ao advogado do jogador. Tenho uma enorme consideração pelo Dr. Rui Rangel, mas dizer-se que os juízes estão acima das críticas e que as suas decisões não podem ser comentadas é desvirturar os mais básicos princípios de uma democracia e de um estado de direito. Num regime democrático os órgãos de soberania não estão acima da crítica. Em estados absolutistas, autoritários, ditatoriais, sim, mas em democracia não. E os magistrados judiciais, que tanto apregoam as sete ventos, para o bem, que são um órgão de soberania e devem ser respeitados e olhados como tal, também não podem fugir, para o mal, à opinião do cidadão. Até porque as suas decisões são para o bem comum da sociedade, são dirigidas à população em geral. E são pessoas, humanos, com virtudes e defeitos. E também cometem erros, como o cumum dos mortais. Não podem, por isso, exigir que olhem para eles como deuses, perfeitos, incorruptíveis. E se podemos - devemos até - desconfiar dos políticos, governantes, presidentes, deputados, também podemos desconfiar dos magistrados. Não posso, portanto, deixar de criticar as declarações do Dr. Rui Rangel neste ponto concreto. Foi pena.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Quem é que ainda acredita na bondade deste governo?

Não foi em Cuba, na China, ou numa qualquer ditadura de um país subdesenvolvido. Nem em Portugal, a 24 de Abril de 1974. Foi a 26 de Abril de 2012. Sim, 2012! Leu bem, caro leitor. Votou neles, foi? Sente-se enganado? Paciência. Agora ature-os.