terça-feira, 26 de junho de 2012

Breves

1. "O Deutsche Bank teve um lucro de 8.000 milhões de euros em 2011. Entre 2009 e 2011, em plena crise financeira e do euro, os lucros do principal banco alemão aumentaram 67%. Percebem agora para onde está a ir o dinheiro?"

2. "Já não temos um Presidente da República que seja o garante da Constituição e uma salvaguarda do Estado de direito, pelo que nada há a esperar dali. A Justiça está politizada e o actual poder ministerial quer aumentar essa perversão. Os partidos estão reféns das suas lógicas sectárias, sendo manifestos a fadiga moral e o esgotamento intelectual da elite parlamentar. E os senadores do regime estão calados perante a desonra das instituições. Quer-se dizer: Relvas simboliza a impotência e decadência da Nação."

3. "Todos os anos, pelo São João, Rui Rio mete uma centena de convidados num barco: o Douro separa a populaça dos happy few. A extravagância é paga com o nosso dinheiro. Em 2009 custou 9832 euros. Em 2010 custou 11625. E este ano custou 16774, ou seja, mais 45% que no ano passado. Isto revela uma grande falta de vergonha. O Presidente da República estava a bordo, feliz e contente, na ressaca dos apupos de Guimarães. A presença de Cavaco não surpreende. Mas que um homem como Paulo Macedo, o ministro da Saúde, também estivesse, isso sim, dá que pensar."

4. "Passos Coelho fez um bom discurso de abertura na rejeição da moção de censura do PCP. Tinha aliás escolhido um óptimo sound-byte: "A moção de censura é contra o mundo e a realidade". O problema é que enquanto durava esse debate, o mundo e a realidade impuseram-se. Quanto ao mundo, o Chipre pediu ajuda externa, o Ministro grego das Finanças fugiu a sete pés quando viu o que o esperava, e Angela Merkel rejeitou pela enésima vez as eurobonds. Quanto à realidade, o Governo é que acabou por fugir a ela, quando não revelou as medidas de austeridade que toda a gente já percebeu que vão ser imprescindíveis."

E, se ainda tiverm tempo e paciência, leiam esta maravilhosa prosa sobre o nível intelectual que grassa na opinião pública.

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