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Vejamos o caso do jogador do Benfica, Luisão. Foi apanhado a conduzir com uma taxa de álcool no sangue superior ao permitido (1,2 g/l). A partir daqui não percebi o que aconteceu, pois cada órgão de comunicação social dá a sua "notícia":
Jornal de Notícias: "(...) de manhã, apresentou-se no Tribunal de Pequena Instância Criminal. O procurador do Ministério Público decidiu aplicar a suspensão provisória do processo o defesa ficou com a carta de condução mas não se livrou da obrigação de ter de cumprir 40 horas de serviço comunitário".
Correio da Manhã: "Depois de ser ouvido em Tribunal, logo de manhã, o brasileiro livrou-se das penas citadas, tendo-lhe sido aplicada uma pena de 40 horas de trabalho comunitário, por se tratar de uma figura pública sem antecedentes criminais. O CM apurou junto de fonte ligada ao processo, que foi o Ministério Público a propor a Luisão este expediente, ao abrigo de uma norma do Código do Processo Penal, segundo a qual a multa e a inibição de condução podem ser convertidas em serviços úteis à comunidade, em especial quando se trata de figuras com especial relevância social."
Rádio Renascença: "Luisão terá agora de cumprir 40 horas de serviço comunitário, ficando com as restantes medidas suspensas por decisão do juiz".
O Jogo: "Já acompanhado pelo responsável do departamento jurídico benfiquista, Andrade e Sousa, e pelo assessor da SAD, Lourenço Coelho, o camisola 4 apresentou-se, pelas 10h00, no TPCI, e deixou estas instalações três horas mais tarde - em direcção à Caixa Futebol Campus -, depois de o juiz Hugo Campanela lhe ter proposto a suspensão do processo"
TSF: "O defesa central do Benfica Luisão, detido na madrugada desta sexta-feira, por conduzir com excesso de álcool, foi condenado a 40 horas de trabalho comunitário, pelo Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa."
Parecem palpites para o Totobola...
Sinceramente fiquei sem perceber o que lhe aconteceu: se foi a julgamento ou se houve suspensão provisória do processo, se a suspensão foi proposta pelo MP ou pelo Juíz...
Enfim... Eu tenho a minha opinião do sucedido, mas não me atrevo dá-la pois pode estar incorrecta, dados os "factos" divulgados pela Imprensa.
Joel Timóteo Ramos Pereira, no In Verbis, escreve "Conclusão: jornalismo judiciário, esclarecido e esclarecedor, precisa-se. Quem não sabe sobre o que diz ou sobre o que escreve, é preferível aprender primeiro ou procurar quem sabe. Só assim pode haver confiança - não apenas no sistema de justiça que se quer transparentemente cognoscível do povo em nome do qual os Tribunais aplicam o Direito - mas também confiança no jornalismo."
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