terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Sócrates na China

"Negócios, negócios, negócios. Três escalas tem a viagem que José Sócrates inicia hoje à China - Pequim, Xangai e Macau - e em todas elas são os negócios que comandam a agenda.
Fóruns empresariais nas três cidades, assinaturas de acordos entre empresas, visitas a exposições e centros industriais e de negócio, pequenos-almoços e almoços com empresários - é este o programa da visita, que se prolonga até sábado, apenas temperada com breves encontros de cariz político. E mesmo nesses é de negócios que se vai falar.
Com o primeiro-ministro seguem setenta empresários, alguns dos principais banqueiros nacionais, presidentes de algumas das empresas de maior sucesso em Portugal. Todos com um objectivo duplo: captar investimentos, reforçar as exportações.
As relações económicas entre os dois países são ainda insignificantes, mesmo que se tenha verificado um crescimento nos últimos anos. Mas a China, apesar da distância geográfica, continua a ser uma das maiores oportunidades de negócio para os portugueses, não apenas devido ao boom económico que atravessa mas também pelo facto de Portugal ser um dos poucos países europeus que assinaram com Pequim um acordo de parceria estratégica com vista ao desenvolvimento das relações económicas. Esse acordo, assinado em 2005, durante a visita do primeiro- -ministro chinês a Lisboa, previa a duplicação do volume da balança comercial entre os dois países até 2008. Algum caminho foi feito - os números provisórios de 2006 apontam para um crescimento das nossas exportações na casa dos 30% -, mas, tendo em conta as potencialidades, as trocas comerciais continuam incipientes."
(...)

in Diário de Notícias

Depois da visita de Cavaco Silva à Índia, é a vez do primeiro-Ministro deslocar-se ao extremo Oriente com uma agenda económica. Precisamente pelo facto da Índia e da China serem as grandes potências emergentes, sobretudo a nível económico, estas duas viagens mostram, a meu ver, um perfeito entendimento entre Sócrates e Cavaco no que diz respeito às prioridades do país e no que deve ser feito para ajudar Portugal a desenvolver-se.

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