Apesar de se dizer que os tecnocratas que mandam no futebol, com Blatter e Platini à cabeça, irão ponderar novamente o uso das tecnologias neste desporto, já perdi a esperança de que isso vá acontecer num futuro próximo. E fala-se que estão a ponderar por uma mera questão de imagem e não por terem real interesse ou vontade em tal mudança. Eu não imagino um processo judicial sem meios de prova (documentos, testemunhas, fotos, etc), mas há quem veja, para poder manipular a verdade como bem entende.
A Espanha merece, a meu ver, o título mundial, tal como mereceu o europeu há dois anos. É a melhor equipe, enquanto conjunto e como estilo de futebol, e não merecia ajudas externas para atingir o seu objectivo. Howard Webb foi polícia durante muitos anos e, há cinco, pediu uma licença para se tornar árbitro profissional. Quando terminar a carreira de árbitro poderá regressar ao seu posto, isto, claro, se os colegas e a hierarquia o quiserem de volta, pois a prestação de hoje foi, no mínimo, infeliz. Na primeira parte, esteve muito bem. Na segunda, começou a inclinar o campo para o lado espanhol e, já no prolongamento, entregou de bandeja o título à La Roja. Num minuto, permitiu que a barreira espanhola não estivesse à distãncia regulamentar, o que implicou que o remate do holandês batesse nela, não indo para a baliza. Não assinalou canto a favor da Holanda, um lance sempre perigoso e, logo a seguir, perdoou uma falta sobre Elia, permitindo o contra-ataque espanhol que culminou no golo. Num só minuto, três erros e todos a favor da mesma equipe. E muitos outros cometeu no prolongamento, sempre a favor dos mesmos... Poderíamos estar, neste momento, a assistir às grandes penalidades. Mas o agente de serviço violou a lei. Lamentável para um Mundial que merecia melhor e um desfecho em grande.
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