Quem me lê há algum tempo sabe que fui (há dois anos) contra a escolha de Queiroz para seleccionador, critiquei as suas escolhas e considero que não tem qualidades nem condições para o cargo que (ainda) exerce. Depois da eliminação (esperada, pelo menos por mim) com a Espanha, defendi que deveria sair. Se não fosse o próprio a tomar essa iniciativa (o que não aconteceu, porventura por orgulho), a FPF teria que avançar para a rescisão. Não o fez e tenta, agora, atingir esse fim, mas utilizando, para o feito, meios altamente censuráveis e cobardes. Apenas dois meses após os supostos factos é que levantam um processo disciplinar, dando claramente a entender que o fazem por causa dos maus resultados. E fazem-no por falta de coragem para assumirem a vontade em rescindir o contrato e assumirem a sua posição. A cobardia fica para os fracos e fracos são os dirigentes da FPF que, ao longo destas últimas décadas, sempre mostaram falta de qualidades para os cargos que exercem, a começar pelo Presidente que, com uma ginástica incrível e um forte jogo de bastidores e de poder, conseguiu sobreviver a diversos episódios degradantes do futebol português (recordam-se do que aconteceu no Mundial de 2002?).
Numa altura em que se fala em maçãs podres, é altura de olhar para a árvore podre da FPF, que estraga qualquer maçã que dali saia. E, já agora, do poder político que, neste caso, actua em conluio com a FPF.
2 comentários:
Nunca acreditei embora tivesse alinhado nunca selecção com base no populismo de Scollari, que só poderia sobreviver enquanto tivesse base de sustentação. Neste sentido, encontro maior viabilidade no projecto de CQ. O murro de Scollari teve maior gravidade mas outro tratamento.
O aproveitamento é patético e se Queiroz sair que vá o resto atrás.
Ressalvo: "numa selecção"
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