O caso da CP, conhecido esta semana (e aqui e aqui melhor explicado), é paradigmático do estado da Nação, de como funciona Portugal. Os utentes pagam preços elevados (sobretudo comparados com os preços praticados nos transportes públicos no resto da Europa) e têm um serviço medíocre e condições por vezes lastimáveis. O serviço não justifica, nem de perto nem de longe, o preço exigido, o que se compreende já que se sabe agora para onde vai boa parte do dinheiro*. Seja o negócio das águas, dos comboios, ou outro qualquer, a verdade é que há sempre quem encha os bolsos à conta dos outros e à custa do bloco central de interesses (nestas matérias, o conluio entre os partidos do arco governativo é por demais evidente). Este é o nosso país, por muito que tentemos escondê-lo ou nos custe admiti-lo. Infelizmente.
* Um exemplo: quando utilizava o comboio, raro era o dia em que as escadas rolantes funcionavam em pleno. Certamente para poupar dinheiro (com a electricidade) e para possibilitar os chorudos salários de tanta chefia.
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