Por vezes, mais parece um documentário, mas é um filme. Um filme que conta a história - verídica - de Valerie Plame, ex-agente da CIA cuja identidade foi divulgada, como retaliação, após o seu marido, Joseph Wilson, ter escrito este artigo de opinião no New York Times a denunciar a manipulação de informação promovida pela Administração Bush de modo a justificar o ataque militar ao Iraque. Sabemos hoje que o ataque militar, para além de ilegal, foi injustificado. Ou melhor, foi justificado por interesses financeiros: a empresa Halliburton, detida pelo então vice-presidente Dick Cheney, lucrou biliões de dólares com a guerra no Iraque, através de contratos obtidos sem concurso público nas áreas da construção e da exploração do petróleo. Aliás, o Iraque ainda vive hoje, sete anos após a invasão, em conflito, exceptuando a chamada Green Zone, a zona dos poços de petróleo. Já Bush pai foi a correr a salvar os poços de petróleo do Kuwait, quando Saddam atacou o vizinho do lado. Foi por interesse financeiro e não por causa das armas de destruição maciça - um pretexto atirada na altura para inglês (e o Barroso) ver - ou para ajudar os coitados dos iraquianos, que viviam sob opressão (se assim fosse, os EUA teria declarado guerra a muitos outros países...) Fair Game, o filme que nos relembra um dos maiores crimes da Humanidade, serve como prova de que não existe Justiça no Mundo, pois, se existisse, Bush teria sido julgado no TPI por crimes contra a humanidade e estaria, agora, a cumprir pena de prisão. Mas não é esse Mundo que temos...
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