quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Notas rápidas

1. Eu bem avisei: o que fizeram (ou tentaram fazer) a Sócrates poderia muito bem ser feito a outros, de outras cores políticas. Já aqui defendi que a atitude investigatória do jornalismo deve corresponder à procura pela verdade dos factos e não deve ser nem suave nem persecutório, como é o nosso jornalismo. E pelo que leio na Visão, estão a começar a fazer a Cavaco o que fizeram a Sócrates. Recordam-se das notícias sobre a casa da Braancamp? Pois é. Podemos é sempre curtir o spinning daqueles que encabeçaram a propaganda contra Sócrates e a sua Mãe e agora tentam minimizar esta bronca, ou aqueles que defenderam Sócrates e agora caiem em cima de Cavaco. Alguém falou em coerência?

2. Tal como a nossa Constituição, o Bill of Rights tem uma enorme carga histórica para os norte-americanos. O diploma fundamental foi escrito num determinado contexto histórico (independência da Coroa Britânica) e algumas Emendas foram feitas à medida da História. O direito à defesa e o consequente direito à posse de armas acabam por constituir uma total liberalização do uso e porte de armas de fogo. Os Democratas sempre tentaram limitar um pouco o direito ao uso e os Republicanos, maioritariamente controlados pelo fortíssimo lobby da indústria de armamento (que também incentiva as guerras), sempre se opuseram a qualquer limitação. Os mortos multiplicam-se e a maioria continua a não entender que esta é a causa do problema.

3. Sempre defendi a igualdade entre todos. A discriminação, qualquer que ela seja, causa-me desconforto e o gozo pelas minorias nojo. Não tenho tido qualquer curiosidade ou interesse em ler ou ouvir seja o que for sobre a morte de Carlos Castro. Mas li em blogues que, nas redes sociais, como o Facebook ou mesmo a blogosfera, muitos têm gozado com o caso. Esta gente, enquanto seres humanos, merecem o mesmo respeito, pois, repito, todas as minorias são iguais. Mesmo a minoria de estúpidos e ignorantes.

4. Já aqui dei a minha opinião sobre Mourinho. Não aprecio a sua maneira de ser (nunca gostei de arrogância, nem de mau perder e mau ganhar), mas sempre reconheci as suas capacidades enquanto treinador e a sua excelência no trabalho que faz. O prémio é inteiramente merecido, tal como o de melhor jogador. Ronaldo é muito bom, mas Messi é o melhor, ponto final. Como ontem, aliás, se voltou a ver, caso dúvidas existissem.

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