O jornalismo ideal é aquele que trata os casos iguais de forma igual. É centrar-se nos factos, em todos os factos e nao apenas em alguns - os mais convenientes a determinados interesses -, sem tendências, pacialidade ou favores. O tratamento dado pelos media nacionais a Sócrates e a Cavaco seria um case-study. Seria, se houvesse por cá uma imprensa competente e interessada em levar a sério a sua actividade. Tratar um com excessivo zelo e o outro com óbvio défice de dedicação e empenhamento levanta legítimas dúvidas e questões sobre o trabalho jornalístico, as intenções dos profissionais, os interesses por detrás das peças, as possíveis influências e/ou pressões sobre os textos. Uma impresa que, para uns, é "suave" e, para outros, é persecutória é, necessariamente, uma imprensa incompetente. E sem uma imprensa competente, rigorosa e séria, o País nunca será sério e capaz.
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