domingo, 17 de abril de 2011

Eu bem tento entender, mas não consigo (3)

Primeiro dizia identificar-se com as ideias do Bloco de Esquerda e agora encabeça a lista por Lisboa do PSD, um partido que, ideologicamente, é o oposto do Bloco. Depois, como candidato presidencial, garantia ser um anti-político que nunca aceitaria cargos de nomeação político-partidária e agora, ao primeiro convite de um partido, aceita-o de imediato. Disse acreditar nas soluções de Passos Coelho, apesar de, como o próprio admitiu, não conhecer o programa de governo deste. Dizia, ainda, que apenas se candidatava para ser Presidente da AR e nunca ficaria como deputado, mas hoje, em entrevista na RTP, já admitiu cumprir o mandato no Parlamento.

Depois de todas estas tontarias e disparates, contradições e ziguezagues, resta apenas uma solução para a integridade de Nobre e a réstia de esperança do PSD ir ao pote: Nobre fazer um retiro espiritual e desaparecer por uns tempos.

2 comentários:

Graza disse...

Ricardo:
Não tenho tido tempo de fazer na blogos o meu circuito habitual de leituras. Mas basta andarmos atentos para estarmos na volta todos a escrever sobre o mesmo. Por mim tenho alguma pena que isto esteja acontecer, mas por uma única razão: este Nobre foi um arauto da ética e da cidadania, disputou a Alegre essa pertença e quase se queria sentir proprietário delas. Cria nas pessoas que foram entretanto conquistadas para este lado das boas práticas, uma desconfiança em quem lhes fale delas. Ele está a fazer mal a estes bons comportamentos cívicos, com este seu (des)Norte.

Ricardo Sardo disse...

Como eu o compreendo quanto à falta de tempo...
Abraço.