Muito se fala na crise, nas suas causas e das consequências, sobretudo as que aí vêm com o FMI. Mas muito poucos falam da origem da crise. Pelo menos em Portugal. É inegável que o papel do governo na crise tem sido preponderante, mas convém não esquecer que foram outros a dar início à crise mundial, com a sua participação criminosa. Noutros países, os responsáveis foram identificados e alguns punidos. Outros foram já accionados judicialmente. Madoff foi um caso paradigmático de celeridade processual, sobretudo em comparação com a passividade reinante noutros países, nomeadamente o nosso. Com uma comunicação social e uma "classe" de comentadores maioritariamente anti-governo, praticamente não se tem falado nos especuladores dos mercados financeiros, que, movidos pela ganância e fome de lucros rápidos e fantásticos, manipularam e manipulam ainda os mercados, através das agências de notação financeira. Sem dúvida que o governo falhou e tem uma quota parte de responsabilidade no processo, mas aqueles que começaram tudo (e não foi só em Portugal) são "esquecidos" pela maioria dos media e dos blogues, que se concentra na sua luta contra Sócrates. O sociólogo Robert Fishman, em artigo do New York Times, aponta o dedo e explica a origem da "nossa" crise. Eles, os criminosos, estão aqui identificados e ainda bem que há quem não esteja a dormir e tenha a coragem de fazer o correcto. Eu já assinei a petição e pondero constituir-me assistente no processo, pois estou a ser prejudicado por estes ladrões e quero que sejam punidos. E de preferência de forma exemplar.
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