sábado, 2 de julho de 2011

Quando as aparências iludem

O caso de Strauss-Kahn, que conheceu uma reviravolta (já prevista por muitos) esta semana, mostra como é volátil o testemunho de pessoas, bem como, por vezes, as aparências iludem, ou podem iludir. Não se compreende, assim, como é que há juízes que, sabendo disto e com experiência de verem as suas decisões serem revogadas pelos tribunais superiores, tomam partido, sem ouvir a parte contrária, mesmo quando esta apresenta indícios a seu favor. Se querem ser justiceiros então podem sempre concorrer às polícias ou mudar para o Ministério Público, funções bem mais assentes aos seus desejos.

2 comentários:

MFerrer disse...

Também há os guardas dos campos correccionais, e os carrascos onde houver pena capital. Tudo profissões mais pro lado do músculo do que para a massa cinzenta!
Mas eu como sou muito crédulo acredito que tudo não passou de um mal entendido sem quaisquer conotações políticas com a Direita Europeia ou com os interesses de Israel em manter a Grécia sobre pressão para que não permita que barcos ali atracados sigam com auxílio humanitário para Gaza...

Ricardo Sardo disse...

Comecei a escreve o texto a pensar num outro caso, mas acabei por linkar para o de DSK. O problema é que situações como esta sucedem em todo o lado, incluindo Portugal. A História está recheada de casos de inocentes presos, preventivamente ou condenados que, mais tarde, são ilibados, por exemplo, por testes de ADN. O erro nunca é corrigido, por muito dinheiro que se atribua a título de indemnização. Por isso se diz que mais vale cem culpados em liberdade do que um inocente preso.
Abraço.