Mais uma medida deste governo que irá favorecer os empresários menos escrupulosos. Como é sabido, grande parte (senão mesmo a esmagadora maioria) das médias e grandes empresas já "obriga" os trabalhadores a prestarem trabalho para além do horário estipulado e muitas vezes sem pagamento de horas extraordinárias, como é legalmente obrigatório. E fazem-no ao impor objectivos que, na prática, deveriam ser para dois (ou mais) trablhadores e não apenas para um. Claro que, nestes casos, o trabalhador terá de "calar e comer", sob pena de, na próxima reorganização da empresa (por exemplo, fusão), ser convidado a sair em troca de uma indemnização, que servirá de muito pouco, sobretudo quando se tem, por exemplo, 50 anos e já ninguém o quer contratar. O subsídio de desemprego é limitado e depois como é? Passa fome?
Esta medida irá, para além de fazer com que o trabalho sai mais barato para o empregador, facilitar o despedimento individual. E será uma porta enorme para o empresário sem escrúpulos poder ver-se livre de quem bem entender, como a prática certamente o irá demonstrar, sem que o trabalhador possa, mais tarde em Tribunal, provar que o despedimento é ilegal.
Ou seja, estamos perante mais uma prova de que este governo prejudica os mais pobres e carenciados em favor dos amigos e de quem não precisa destas ajudas. Um governo que age em favor dos amigos a troco de um esbulho colectivo.
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