Depois de aumentar as horas de laboração dos trabalhadores (de borla), de aumentar o IVA sobre os produtos alimentares infantis, o governo adoptou agora uma outra medida que prejudica as famílias e desincentiva a sua criação.
Ou seja, quando qualquer manual de economia nos diz que, num país com baixos índices de natalidade e, consequentemente, um problema de sustentabilidade da economia (nomeadamente a segurança social), se deve incentivar a natalidade a criação de família, este governo faz precisamente o contrário. Não haverá, no meio de tantos boys, assessores, filhos, afilhados, primos e amigos, ninguém que perceba que estas medidas dão cabo da economia? Não haverá, no meio de tanta gente paga a peso de ouro apesar dos curriculums curtos e/ou duvidosos, ninguém capaz de colocar, sequer, a hipótese de que não é mera coincidência que os países onde se trabalha menos são aqueles onde os níveis de produtivade dos trabalhadores são mais elevados? Não haverá ninguém, no meio de tanta gente supostamente preparada e experiente, que coloque a hipótese de que se os trabalhadores se sentirem felizes (por terem vida própria, familiar e social) produzem mais, ao contrário daqueles que, esmifrados ao máximo, chegam ao final do dia (e da semana) exaustos e descontentes e sem motivação para trabalhar e produzir? Será que, no meio de tanta gente que ganha muito bem à conta dos pobres, não há ninguém que tenha um mínimo de massa cerebral para perceber que estão a destruir o motor da economia (o consumo), arruinando o país e as pessoas (menos eles próprios e os amigos, claro)? Ninguém? Quanto tempo mais será preciso concedermos para ver no que isto vai dar? Quando estivermos debaixo da ponte a passar fome e eles a viverem à grande, à custa dos restantes?
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