Há dois dias escrevi que não estamos assim tão longe de viver numa ditadura. E escrevi por causa da falta de liberdade de imprensa. Sim, ela não existe em Portugal, por muito que alguns insistam no contrário. Exemplos tenho dado vários e agora temos outro. O silêncio cúmplice em torno das declarações de António Oliveira, sobre o poder (lá está) de um grupo de comunicação social, que já deu provas de estar ao serviço de um certo sector do desporto nacional e das suas práticas criminosas e mafiosas. Num país a sério e verdadeiramente democrático, isto teria dado de imediato origem a um inquérito criminal e a imprensa teria divulgado as acusações e investigado (o tal jornalismo de investigação, que por cá só é feito quando convém aos patrões) o assunto. Mas como estamos a falar da Palermo portuguesa, nada é feito. Para variar. Depois queixem-se que o país está falido. É que nos valores já está há muito.
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