sábado, 5 de outubro de 2013

O dia que comemora a República que em tempos fomos

Hoje é o 5 de Outubro, outrora um feriado em que comemorávamos (e festejávamos) a instauração da República. O actual governo, descontente e ressabiado com o 25 de Abri, a Democracia e os princípios republicanos (em que a "res", a coisa, é pública, de todos), nestes dois anos e meio tratou de despachar quase tudo o que era de todos nós para alguns amigos próximos, com os lucros das empresas pública...s, que eram para benefício de todos nós, a irem directamente para os bolsos desses amigos. Tudo com uma desculpa: a crise. Pois bem, a crise é mais grave agora, depois desta transferência de lucros e interesses do povo para os amigos (uma esmagadora minoria). Muita gente passa fome para um pequeno grupo de predadores egoístas e gananciosos saciarem um pouco o seu apetite por dinheiro e mais dinheiro.

Entretanto, pensam que somos todos estúpidos, com declarações que atestam que vivem noutro mundo e que olham para nós como a plebe ignorante e parva. Ontem, um iliterado chamado Pedro, na casa da Democracia, teve o desplante de dizer que os cortes das pensões não eram retroactivos pois não estavam a pedir o dinheiro de volta aos idosos! Se a estupidez e a lata pagassem imposto, só com esta declaração do nosso Primeiro-mentiroso metade da dívida ficava paga!

Enquanto o Primeiro-mentiroso mente no Parlamento, também outros mentirosos insistem em tentar enganar-nos, com mentiras e mais mentiras. É a mentirosa das Finanças, o mentiroso dos Negócios Estrangeiros (e dos negócios com os amigos do regime angolano), os mentirosos dos assessores que omitem nos seus currículos a passagem pelo BPN, o Vice Primeiro-mentiroso que nos diz, com cara de pau, que as medidas anunciadas esta semana não são austeridade (e eu sou o Pai Natal), enfim, um grupo de mentirosos e saudosos do antigo regime.

Sim, saudosos. Tentam acabar com o Tribunal Constitucional, tentaram aprovar uma alteração profunda à Constituição, insistem em aprovar diplomas legais que violam os mais básicos princípios em qualquer Democracia do Mundo, como o princípio de igualdade. Isto para além de destruir a nossa independência, dando todo o poder e controlo dos sectores estratégicos a grupos empresariais amigos (e não há almoços grátis, como veremos quando saírem do governo e arranjarem tachos generosos nestas empresas, para além de um dos partidos do governo ter em tempos depositado dinheiro proveniente de financiamento ilegal na sua conta).

Ontem, a Renascença publicava um conjunto de gráficos que demonstram que este grupo de mentirosos e aldrabões prepara um alívio fiscal em 2015, ano de eleições legislativas, e um novo agravamento em 2016, tudo combinado com o troika dos interesses. Para quê? Para enganar os tolos que por aí andam...

Diz o ditado popular que à primeira todos caiem, à segunda cai quem quer e à terceira só os tolos é que caiem. A quem já votou em Passos Coelho ou no Paulo "a minha palavra de honra é irrevogável" Portas, deixo esta pergunta: depois de terem votados neles uma vez, será que vão votar uma segunda?

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