sexta-feira, 9 de março de 2007

A ler

"(...) Ninguém pode querer impedir estas pessoas de "acreditar" em Salazar, de lhe manter a campa num brinco, de lhe dedicar poemas e saudações nazis. Ou de lhe erguer um museu, de lhe mostrar os chinelos, a camisa e o vaso de noite, a escova de dentes e a agenda. Vai haver quem queira degustar o kitsch do ditador português e a miséria forreta da sua intimidade. É quase para rir - pelo menos para quem não esteve no Aljube, não foi torturado na António Maria Cardoso nem sofreu degredo no Tarrafal. (...)"

Fernanda Câncio, in Diário de Notícias

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