quinta-feira, 5 de abril de 2007

Amnistia Internacional volta a criticar Guantanamo

"As condições de vida dos prisioneiros da base militar norte-americana de Guantánamo, Cuba, agravaram-se com a sua transferência para as novas alas de segurança máxima, onde são mantidos sob isolamento, denuncia a Amnistia Internacional num relatório.
Segundo o documento, «Estados Unidos: Cruéis e Desumanos - As Condições de Isolamento no Centro de Detenção de Guantánamo», os reclusos passam 22 horas em celas individuais fechadas e sem janelas para o exterior, estando desprovidos praticamente de qualquer contacto humano.
Os detidos são ainda vigiados constantemente por guardas através de pequenas janelas das portas das celas, sendo que a prática de exercício físico é permitida, muitas vezes, apenas durante a noite.
De acordo com a Amnistia Internacional, citando o Pentágono, foram transferidas, em meados de Janeiro, 165 pessoas para o Campo 6, um das alas de máxima segurança.
Uma centena de detidos encontra-se no Campo 5, outra ala de forte vigilância.
No total, cerca de 80 por cento dos 385 reclusos de Guantánamo estão sob isolamento e, com excepção do australiano David Hicks, condenado a nove meses de prisão por alegadas ligações a organizações terroristas, nenhum foi julgado nem acusado de qualquer crime."

(Diário Digital)

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