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Presidente do Conselho por inerência do cargo, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, admite que a questão será discutida, mas avisa que “a Justiça não deve servir fins políticos”.
Saldanha Sanches é mandatário da candidatura de António Costa (PS) à Câmara de Lisboa. José António Barreiros concorreu à Câmara Municipal de Sintra pelo PSD, contra Edite Estrela.
Ao CM, Saldanha Sanches classifica a queixa de Barreiros como “ridícula”, porque garante não ter acusado o MP de “crime mas, quanto muito, de violação do dever deontológico”; e depois porque “o MP não precisa de paladinos, sabe defender-se por si”.
Em defesa das afirmações, o fiscalista citou ao CM um caso em Vila Nova de Poiares, cujo autarca foi a julgamento acusado de peculato. Segundo conta, “o delegado do MP no julgamento pediu a absolvição não só por falta de provas mas porque a acusação foi politicamente motivada”. E conclui: “Como a acusação é conduzida pelo MP [outro procurador], neste caso alguém abusou das funções”, ou o que acusou, ou o que pediu a absolvição."
(Correio da Manhã)
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