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Em dias de sorte, o quadro eléctrico do Tribunal da Régua consegue aguentar um ou dois minutos. Mas normalmente, bastam segundos para o disjuntor disparar. Os computadores nem sequer chegam a arrancar. Vários já avariaram e os processos acumulam-se. Ainda ontem, uma vídeo-conferência com cinco testemunhas teve de ser adiada e a sessão transferida para Lamego. Desde Novembro que no Tribunal da Régua os funcionários passam 80% do seu tempo parados. O caso já é velho e foi denunciado pela primeira vez em 1992, pelo sindicato dos funcionários judiciais. No tribunal, passa-se o dia de cachecol ao pescoço e na sala de audiências, as temperaturas chegam a ser negativas. A alternativa proposta pela tutela eram aquecedores a gás, algo que é ilegal e inseguro, e que foi rejeitado pelos funcionários. Restam os aquecedores eléctricos, que sobrecarregam o quadro e deitam a luz abaixo permanentemente. E enquanto assim for, o Tribunal da Régua vai funcionando, parado."
(SIC online)
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