Há uma semana, escrevi aqui que o afastamento entre agentes da Justiça e os cidadãos é altamente prejudicial para a sua imagem na sociedade. Defendo que os operadores judiciais, em especial os magistrados judiciais, deveriam prestar esclarecimentos mais vezes, sobretudo nos casos com repercussões públicas e/ou mediáticas, onde aqueles são mais importantes e mais ajudam a compreender a Justiça, os seus tempos e as suas decisões.
Ainda ontem, em relação a um caso recente que originou um debate alargado na sociedade e na comunicação social, reforçei a ideia. Notícias como as ali referidas, ou ainda esta, levam a que as pessoas não compreendam a Justiça e desconfiem, como ficou bem patente na recente sondagem do Expresso, onde a consideração dos magistrados está abaixo dos políticos (e note-se que os políticos não são dos mais sérios, estando inclusive envolvidos em escândalos). Urge, portanto, uma mudança de atitude que passará, necessariamente, por uma mudança de mentalidade. O que, infelizmente, leva muito tempo...
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