Esta notícia do Correio da Manhã só espanta quem não conheça o Campus da Justiça. Já lá estive várias vezes e não consigo perceber como pode o Estado gastar milhões de euros em instalações que, apesar de modernas e com óptimas condições, não está preparado para acolher tribunais, sobretudo criminais, com todas as suas vicissitudes e especificidades. Já nem vou falar sobre a localização (Parque das Nações) que tem suscitado imensas críticas, seja pela distância do centro de Lisboa, seja pela distância dos transportes públicos (metro e comboio a 1 km, ou 10 minutos "a pé"), seja pela enorme dificuldade de estacionamento (o tribunal tem um parque, mas é pago, mesmo para os advogados).
O Dr. Carlos Alexandre é um dos magistrados mais conhecidos do país, devido aos casos mediáticos e/ou sensíveis que lhes passa pelas mãos. Já tive a oportunidade de o conhecer e estou certo de que não terá ficado calado com tanta ignorância dos responsáveis pela instalação dos tribunais em instalações totalmente inadequadas.
Este é apenas mais um exemplo de como a nossa Justiça não melhora. E a culpa toda a gente sabe de quem é: dos sucessivos governos e ministros da justiça!
3 comentários:
Já dei a minha opinião noutro local, sobre o problema, aqui pretendo apenas ressaltar o que se diz no CM: "Por iniciativa da sua (do Juiz Carlos Alexandre)equipa, foi feito um levantamento das necessidades."
Continuo a achar que esta é a atitude correcta, porque alguma das criticas só podem existir porque não houve alguns cuidados primários e simples em termos de implementação que deveriam ser tidos em conta e estão a fazer nesta questão um enorme ruido de fundo. Já não falo na "película" mas na possibilidade de os senhores juizes não terem que estar na montra, como se o edificio não tivesse zonas mais interiores ou mais altas.
E depois, a Boa Hora não tem parques grátis, o Palácio da Justiça não fica mais perto do Metro... e o Campus não é um Hospital!... 10 minutos de passeio revigoram :)
Um abraço
Graza, eu adoro andar e não me preocupa a distãncia do Metro ao Campus. O problema é percorrê-lo com chuva, pasta e toga numa só mão e chapéu no outro. Não é fácil, garanto-lhe.
Sim, tem razão, a chuva e o frio! Concordo, mas somos muitos as vítimas! Um dia saí do emprego e tinha que fazer a Rua Braamcamp até ao Marquês, o frio e a chuva eram tanto que tive que entrar numa loja para comprar uma parka. Não pode haver uma estação de Metro à mão para todos. Mas talvez se imponha um olhar ao transportes de superfície no Parque.
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