quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Condução perigosa

Logo pela manhãzinha, quase que fui atropelado por um condutor que, a pelo menos 10 metros da passadeira, viu-me mas não parou. Sempre em frente. Valeu que eu ia com atenção (como de costume, pois já apanhei vários "sustos" como este) e apercebi-me que não ia parar. Aliás, nem abrandou sequer. É tudo nosso e que os outros esperem...
Agora à noite, mais dois sustos. E em duas rotundas. O primeiro, seguia na rotunda quando um maluco qualquer, vindo do IC19, se atirou para a rotunda, apesar de me ver, obrigando-me a travar para evitar o embate. Fiz-lhe sinal de luzes, como que a chamá-lo à atenção, e puxou pelos cavalos para, provavelmente, chegar aos 100 km's em menos de 10 segundos... A mulher ao lado e o bebé no banco de trás certamente vibraram e aplaudiram o novo Colin McRae...
O segundo "susto" da noite, também numa rotunda, a mesma coisa, outro maluco a atirar-se para cima de mim. Desta vez, revoltado, não me fiquei pelos sinais de luzes e buzinei por alguns segundos. Só parei quando ele fez-me sinal como que a pedir desculpa. Pelo menos foi o que percebi. Se calhar até era um manguito, mas já nem quero saber...

Isto tudo para dizer que hoje podia ter sido apenas um daqueles dias, em que se calhar mais valia não ter saído de casa. Mas a verdade é que, cada vez mais, vejo casos destes nas estradas portuguesas. Podem dizer-me que não é só cá, que nos outros país o problema é igual (dizem que em Roma é para esquecer e já vi vídeos na Índia - como este ou este - assustadores), mas considero que existem muitos assassinos na estrada, com carta verde para matar.
O Código Penal preve o crime de condução perigosa, mas o Ministério Público e as autoriades policiais, na maioria das vezes (normalmente, quando há acidentes, que é quando os malucos são apanhados), simplesmente esquecem-se de autuar ou acusar por este crime. Pois deveriam apostar mais vezes, pois é a vida das pessoas que está em causa. E já que os assassinos olham para um automóvel como um brinquedo e não uma arma, pelo menos que o MP, que representa o estado, os recorde do que está em causa...

Sem comentários: