Depois do ataque generalizado ao "Miguel Abrantes" (que ainda dura), agora é o ataque cerrado ao "Valupi". Parece que, para muita gente, os autores dos blogues têm necessariamente, para terem credibilidade e o que escrevem ter valor, assinar com o seu nome verdadeiro.
Antes de mais, não conheço nem o Miguel nem o Val, nem sei sequer se são uma pessoa um um grupo de pessoas, como alguns os acusam de ser. Mas sei que gosto do que escrevem, apesar de discordar muitas das vezes com as suas opiniões. Eu aprecio o que leio e não quem escreve. Mas há muitos que só gostam do que lêm se gostarem, primeiro, de que escreve. Ou seja, se o autor for alguém que apreciam, o texto é bom. Mas se for um anónimo que escreva exactamente o mesmo texto, então já não tem valor o que escrevem.
Eu compreendo que, cada vez mais, vivemos numa sociedade em que vale mais a forma do que a matéria, vale mais o aspecto e a imagem do que o conteúdo. Mas há limites. Se eu gostar de um texto, seja de um anónimo ou de uma conhecida figura, linko o texto e até comento. Se não gostar, posso até criticar em comentário ou refutar em post, como tenho feito. Mas o respeito é (ou deve ser) pelos textos. Pois autores há muitos. Textos bons é que há poucos.
1 comentário:
Bem observado, Ricardo. Creio que a questão do suposto colectivo atrás do Miguel e de mim é algo que remete para a iliteracia dos acusadores. As marcas estilísticas na escrita são como impressões digitais, até passíveis de demonstração estatística.
O fascinante/degradante nesta onda é a transformação do uso de pseudónimo em anonimato e, este, em falha moral. A tese é a de ser anónimo todo aquele que não faz prova de identidade a quem o requerer. Isto, que os difamadores começam por não cumprir, remete para intencionalidades totalitárias.
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