terça-feira, 1 de junho de 2010

Já diz o Povo...

... que quem diz a verdade não merece castigo. Mas foi isso que sucedeu ao Presidente alemão, Horst Kohler, que se demitiu depois de justificar a presença militar alemã no Afeganistão para proteger os interesses económicos da Alemanha.
Quase todas as guerras são lançadas por motivos egoístas, sejam económicos, políticos, religiosos ou outros. O Iraque foi o melhor exemplo, mas muitas outras intervenções militares, desenvolvidas por motivos económicos, políticos e/ou religiosos e organizadas pelos serviços secretos norte-americanos, são relatadas no livro "História da CIA - Um legado de cinzas". Li o livro há dois anos e o meu amigo Graza fez-lhe referência há bem pouco tempo. Um livro que conta muita coisa do que se passou nos bastidores dos conflitos, nomeadamente o 25 de Abril em Portugal, uma quase total surpresa para a CIA...
Concluindo, as guerras têm todo o tipo de objectivos menos os pacíficos ou altruístas. Porque se fossem para trazer paz para o Mundo, teriam intervindo, por exemplo, no Ruanda. Mas como o Ruanda não tem petróleo, gás natural, ou matérias primas de valor, ficam-se pelas palavras, como ficaram, também, durante décadas em relação à Indonésia por causa de Timor Leste. Como se costuma dizer, não há almoços grátis...

5 comentários:

Tânia Mota disse...

verdade muito verdadeira..
Que corresponde ao que alguns já sabiamos e que todos desconfiavam!

Graza disse...

Ah sim Ricardo aquele livro, é muito grande para dizer que devia ser obrigatório, mas é pena que tantos fiquem sem conhecer como foram ou são montadas as guerras que passam à nossa frente como filmes de Holliwood.

Ricardo Sardo disse...

E que fiquem sem saber o que os moveu e os erros - grosseiros - de quem mandava na CIA. E de como os EUA, através do trabalho sujo da agência secreta, manipulava eleições noutros países e fazia propaganda contra certos líderes, só porque não apreciava as suas "cores" políticas. Ou como ajudou a derrubar governos legítimos de estados democráticos, violando de forma clara e grave o direito internacional.
Como escreveu, é pena ser bastante grande, mas é um livro excelente.
Abraço.

Graza disse...

Tenho o hábito de não ter um só livro em leitura, daí que me demorem a acabar cada um deles. Este ainda não acabei, e sabe? Julgava que sabia tudo sobre eles, mas ainda hoje me surpreendi com novas revelações.

Ricardo Sardo disse...

A partir de meio do livro, deixei de me surpreender com as revelações sobre a actuação dos norte-americanos (e da CIA)...