terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dúvidas legítimas

Quem leia esta notícia, ficará, necessariamente, com dúvidas e interrogações, nomeadamente sobre a actuação dos vários intervenientes judiciários. E colocará em causa a sua credibilidade. Não é preciso ser-se jurista para se ficar com a sensação de que, naquela estória, algo está mal.

6 comentários:

Graza disse...

Caro Ricardo

Vou fazer post com o assunto, vi ontem a notícia. A minha revolta é ao nível de vir para a rua! ISTO É INCONCEBÍVEL! Kafka não faria melhor. Temos que apoiar este cidadão independentemente nas nossas orientações. Não podemos, sob pena de nada valer o que aqui andamos a fazer. Se souber de algum movimento de geração expontânea diga-me porque sinto vergonha de ficar aqui sentado com isto a acontecer no país que quero MUDAR. O que esperam? Uma Tunísia, Um Egipto? Cuidado porque pelos vistos é fácil e os alvos não seremos nós, serão ELES!

ESTOU REVOLTADO, RICARDO.

Ricardo Sardo disse...

Caro amigo, nem vou entrar na questão da corrupção. O meu post centra-se exclusivamente na incrível mudança de entendimento no Ministério Público. Primeiro considera a gravação aceitável, agora considera-a ilegal e acusa o seu autor de um crime. Juridicamente, esta acusação tem toda a razão de ser - e poderei explicar melhor mais tarde - mas não se compreende como só agora o MP decide abrir um processo por este acto...
Abraço.

Graza disse...

Nem precisa explicar porque entendo que quer dizer e os fundamentos da gravação ilegal, a minha revolta é injustiça subjacente a um processo destes, Quem deveria estar a ser penalizado era o corruptor, não o cidadão que decidiu não ficar sentado, que é aquilo que "todos" deveriam fazer mediante o crime, e é ele que acaba penalizado. Sabemos que isto é comum na Justiça, porque ela se regula por leis e pela interpretação delas, e não pela interpretação que o cidadão faz da cara de cada meliante. Mas não é esta Justiça que eu gostaria que nos defendesse, porque esta torna-me inseguro.

Ricardo Sardo disse...

Como o compreendo...
Abraço.

A.R. disse...

Como já uma vez escrevi, a tragédia do Ministério Público são as suas mil e não sei quantas autonomias. Sem coesão funcional, todas as incoerências são possíveis.

Ricardo Sardo disse...

Nem mais.
Cumprimentos.