Na quarta-feira, o PSD, juntamente com os restantes partidos da Oposição, chumbou a proposta de PEC do Governo. Um único artigo, o da recusa do PEC, e nem mais um com uma ideia que fosse para o país, ou uma alternativa à proposta do Governo. Passado um dia, ficamos a saber que propôe o aumento do IVA em 1 ou 2% - que afecta ricos e pobres -, ao contrário do Governo que cortou nos salários mais altos. Passados dois dias, ficamos a saber que um dos seus muchachos defende o fim do 13º mês e uma série de cortes nos apoios sociais (que são atribuídos aos mais pobres). Ainda só passaram dois dias e duas medidas bastaram para perceber que, com Passos Coelho, não ficaremos apenas com as calças na mão, mas completamente nus. Isto, claro, se não voltar a mudar de ideias, pois, como se percebeu, o que diz hoje, desdiz amanhã. Como tem feito Sócrates, aliás. Passos Coelho em 2010 é contra o aumento do IVA, em 2011 é a favor. Ferreira Leite, que achou Passos Coelho tão competente, que nem o colocou nas listas para deputado, disse no debate do PEC que a proposta do Governo continha medidas acertadas, mas que deveria ser outros a aplicá-las. Eram as acertadas, mas votou contra. Go figure! E depois temos Carapatoso, um dos empresários deste país que pretende liberalizar despedimentos, reduzir salários, etc, e que veio hoje abrir o jogo: cortar nos apoios sociais. Aos mais pobres, claro.
Ontem perguntava se Passos Coelho não tinha jeito para estas andanças ou apenas não tinha ideias, um rumo para o país. Depois do segundo dia volvido do chumbo do PEC IV, fico convencido que é mesmo falta de jeito. E o pior é que, nas próximas eleições legislativas, lá para um dos fins-de-semana de praia, sol, calor e banhos, vamos tirar um desajeitado para colocar lá outra desajeitado. Triste sina a nossa, que fado.
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