Há algum tempo que existe, mas, com o passar do tempo, cada vez fico mais convencido de que este "agregador da advocacia" não passa de uma forma encapotada de fazer publicidade às grandes sociedades e aos advogados destas. Diariamente recebo a newsletter no e-mail e quase todas as notícias referentes à advocacia prendem-se com os clientes e com os negócios das grandes sociedades e todas as opiniões são de advogados que integram as grandes sociedades. Os "pequenos advogados", que não integram sociedades, não têm voz neste "agregador", que agrega apenas uma elite da advocacia. Aliás, basta ler as "notícias", como por exemplo esta, de hoje, para percebermos que não poupam nos elogios às sociedades mencionadas e aos advogados que as integram...
Como é sabido pela generalidade dos advogados, a profissão está a atravessar, como todos as outras diga-se, uma crise. Sem dinheiro para as custas e encargos com os honorários e com um apoio judiciário acessível apenas aos muito pobres e aos muito ricos, a maioria dos portugueses desiste de avançar para tribunal. E menos clientes significa menos dinheiro. E é sabido que até as grandes sociedades estão a passar por algums dificuldades e têm alargado o âmbito da sua actividade, abrangendo outros serviços, outrora ignorados. E, atendendo a esta nova realidade, este "agregador" dá cá um jeitaço, especialmente porque a publicidade aos advogados não é permitida em Portugal...
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