Neste país já nada é de estranhar. Quem tem Alberto João Jardim a fazer o que faz, ou Pinto da Costa com o poder (e influência) que tem, não pode esperar um país melhor e mais evoluído. O que se está a passar com a CMVM, depois do "caso Roberto" e dos esclarecimentos pedidos ao Benfica, consubstancia, objectivamente, um tratamento desigual. Aqui estão alguns exemplos, concretos, de casos em que a CMVM nem pestanejou, muito menos pedir esclarecimentos. aos clubes em causa. Mas com o Benfica estão sempre a pedir, quando nem sequer estão em causa contas em offshore (como nos casos dos outros clubes). Não sei se o polvo da nossa Palermo chegou à Av. da Liberdade, mas a suspeita ficará no ar, pelo menos enquanto a CMVM continuar a ter este comportamento parcial e manifestamente desigual perante casos iguais. E em instituições como a CMVM é como a mulher de César, não basta ser séria, tem também de parecer. E a CMVM não parece, nem de perto nem de longe, séria.
2 comentários:
O benfica não tem nada a ver se as sociedades em questão não são ilicitas.
O problema é do ZARAGOZA.
bom blogue. vou seguir. da uma olhadela a www.olhardireito.blogspot.com
Francisco, há muito que sigo o Olhar Direito. Apesar de raramente deixar comentários noutros blogues (sobretudo por falta de tempo), já aí deixei alguns (há algum tempo, porém...)
Quanto ao Zaragoza, não me parece que a empresa em causa seja ilícita. Mas o que está aqui em causa é o tratamento desigual perante casos iguais. O Red Pass (para onde linko) dá alguns exemplos de negócios de jogadores de Porto e Sporting, que envolveram sociedades bem mais duvidosas (algumas sediadas em paraísos fiscais, o que até facilita a evasão fiscal), e em que a CMVM nada fez, nem pediu esclarecimentos. Ora, ou pede a todos, em todos as situações, ou não pede em nenhuma. Agora só pedir a alguns (neste caso ao mesmo) é inaceitável numa instituição com a reputação e a importância da CMVM.
Abraço.
Enviar um comentário