Segundo a Lusa, Cândida Almeida, procuradora responsável pelo "caso Freeport", afirmou hoje que "não há qualquer suspeita relativamente a ninguém" e "não há arguidos constituídos".
Sobre esta interessante revelação da procuradora, escreve Fernanda Câncio: "pode a polícia fazer buscas a casa de pessoas não suspeitas, só porque, sei lá? É que das duas uma: ou júlio monteiro não é suspeito, e então não faz sentido fazerem-se-lhe buscas, ou havia sentido para as buscas e é suspeito. A não ser que tenha deixado de o ser, desde as buscas. ou assim."
É que assim for (foram realizadas sem serem suspeitos), então até faz algum sentido as palavras de ontem do Bastonário da Ordem dos Advogados de que "o fundamentalismo justiceiro que se instalou em certos sectores judiciais, sobretudo ligados à investigação criminal, sente que vale tudo para apresentar resultados espectaculares". E isso é mau para a Justiça. Muito mau mesmo.
Nota: parece que amanhã a PGR irá explicar alguns pontos neblusos deste caso. Aguardo com enorme expectativa os esclarecimentos, sobretudo a questão das fugas de informação, que consubstanciam crimes de violação de segredo de justiça e se o MP está a investigar quem "se anda a chibar" para os jornais...
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