sexta-feira, 25 de junho de 2010

O que verdadeiramente interessa

Já abordei aqui o assunto, com um pouco de ironia à mistura, mas tenho, pelos vistos, de escrever mais umas quantas coisas, pois parecem passar despercebidas a toda a gente:

1. Se Moura Guedes se sentiu insultada (ou difamada) pelo PM, porque não acciona criminalmente o Bastonário da OA? É que, comparadas com as de Sócrates na tal entrevista à RTP, as declarações de Marinho Pinto são muito mais certeiras, ofensivas e directas. Acho eu, que fiquei com a impressão de que MMG só se sente insultada pelo seu inimigo de estimação Sócrates. Ah e já ouvi dizer que casos destes manifestam uma forma doentia de obcessão, mas como não sou entendido nas questões médidas... Aqui fica, modestamente, uma dica ao defensor de Sócrates, se o processo avançar mesmo. Ou se sente ofendida por todas as declarações, ou então trata-se de uma perseguição ad hominem. Mas, claro, já todos sabemos a resposta, não sabemos?

2. Parece que há magistrados que andam distraídos. Ou isso ou esquecidos do que aprenderam na Faculdade e no CEJ. Andou meio Portugal a discutir o artigo 11º do CPP e as escutas a Sócrates e quem era competente para as apreciar e agora e agora esquecem-se que o nº7 desse mesmo artigo diz que é da competência do Supremo (secção criminal) a instrução do processo de difamação em que o PM é arguido.
Depois os senhores Magistrados admiram-se de haver quem os acuse de tomarem decisões políticas e não jurídicas.
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Adenda: entretanto, fiquei a conhecer mais umas coisas sobre o caso. Afinal de contas, os erros são ainda mais grosseiros do que eu pensava. Onde andam o Conselho Superior da Magistratura e o Conselho Superior do Ministério Público?

2 comentários:

MFerrer disse...

O meu caro convirá que tais "erros" são por demais grosseiros e cirurgicamente apontados, para serem inocentes e filhos da ignorância.
Podem ser enteados da ignorância mas são filhos da torpeza, para não ser curto e grosso!
Vou fazer link!
Cumps!

Ricardo Sardo disse...

Caro Miguel, não dou como certa a intencionalidade dos erros, pois ádmito a possibilidade de não ter sido propositado. Mas que é grosseiro, lá isso é.
Por outro lado, também não ignoro que todos os erros, grosseiros ou não, são sempre em prejuízo do mesmo lado. Já foi em Aveiro e é agora em Lisboa. É como aqueles jogos de futebol, em que o árbitro engana-se sempre em benefício de uma das equipes...
Cumprimentos.