sábado, 9 de outubro de 2010

Bentania

Confesso que o entusiasmo antes do jogo era muito e a esperança de que Paulo Bento despertasse a Selecção do estado de coma em que Queirós a deixou era enorme. E a Dinamarca foi a melhor presa possível para o despertar de um colectivo recheado de qualidade.
Alguns consideram que são surpresas, mas, para mim, era inevitável. João Pereira, Pepe a defesa central, Moutinho e Carlos Martins no meio-campo eram escolhas óbvias e quase obrigatórias, atendendo ao seu momento de forma. As suas prestações de ontem confirmam-no. Ao contrário do antecessor, que inventava (com os resultados que se conhecem) e deixava alguns dos melhores de fora das convocatórias, Paulo Bento tomou as decisões acertadas e o resultado peca por escasso. Não fosse o autogolo infeliz de Ricardo Carvalho e a exibição teria sido quase perfeita. A Selecção voltou a jogar com qualidade, com alegria e prazer, voltou a ter "fio de jogo" e a ter uma estratégia, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos. Como escreveu o Pedro, voltámos a ter Selecção.

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