Todos nós temos dias em que nos sai tudo bem. Ou tudo mal. Hoje foi um desses dias, quer para portugueses, quer para espanhóis. Se para os primeiros, a atitude agressiva e combativa, com a ajuda da inspiração, traduziu-se numa goleada histórica, para nuestros hermanos a apatia levou ao descalabro. E só não foi uma mão cheia graças a um duplo erro grosseiro do árbitro auxiliar, que viu um offside de Nani inexistente (estava em linha aquando do remate de Ronaldo e toca na bola já dentro da baliza, pelo que teria que ser validado golo de Cristiano). A partir de amanhã, Portugal voltará a ser respeitada pelo Mundo do futebol, respeito esse perdido por Queiroz. Postiga, Moutinho e Carlos Martins, três dos melhores de hoje, foram "esquecidos" por Queiroz e Pepe, como central, "varreu tudo" e não perdeu, pelo menos que me recorde, um único lance com os adversários que lhe apareceram no caminho, incluindo situações de extrema dificuldades para um defesa (contra-ataques rápidos), o que serve de prova para Queiroz perceber que é defesa e não médio, como insistia em o colocar em campo. Mas não poderemos embandeirar em arco este resultado. Sim, o marcador final fica para História, a exibição na memória, mas convém não esquecer que a Espanha veio descontraída (ao contrário de Portugal, que queria muito vencer, para apagar a imagem dos dois últimos anos) e que se tratou de um amigável, não contando para nada senão para as contas do orgulho lusitano. E, claro, estavam em "dia não". Todavia, se alguém tinha dúvidas sobre a capacidade de Paulo Bento para orientar a Selecção, estou certo que, depois deste jogo, deixou de as ter.
1 comentário:
Se fizermos um inquérito aos povos, os brasileiros talvez sejam o povo mais feliz do mundo. O Futebol e o Carnaval, estratégicamente divididos no ano, fazem daquele povo um povo feliz. Não fossem estes dois motivos e coitados a vida seria dificil.
Quer se queira quer não, bem ou mal, isso é outro debate, as massas alimentam-se colectivamente com correntes positivas como estas, e há muito que os governos já perceberem isso.
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