Na semana passada foi Castanheira Neves que apresentou queixa-crime contra Sócrates por causa de governar mal. Este fim-de-semana foi Eduardo Catroga a dizer que o Governo deveria responder em Tribunal pelas suas decisões executivas.
Como escrevi sobre a queixa de Castanheira Neves, esta ideia é uma enorme aberração, quer política quer juridicamente. Como aqui bem lembrado, o julgamento de questões políticas é anti-democrático, pois viola o princípio da separação de poderes. Mas não é de estranhar que Catroga defenda isto, pois faz parte do Cavaquismo, uma doutrina política muito pouco democrática. Ferreira Leite defendeu a suspensão da Democracia por períodos não inferiores a seis meses, Dias Loureiro, enquanto Ministro do Cavaquismo, mandava as polícias "malhar" em tudo o que se mexesse, censurando qualquer manifestação - por muito pacífica que fosse - e o próprio Cavaco, que se confessou "integrado" no regime Salazarista, nunca gostou de cravos na lapela e do feriado do 25 de Abril.
Mas voltando ao julgamento de políticos por actos de governação, se admitíssemos esta ideia, então teríamos, da mesma forma, de levar muitos políticos a Tribunal, incluindo o próprio Catroga. Ou Ferreira Leite, por causa do negócio ruinoso com o Citigroup. Ou Paulo Portas, por causa do extraordinário negócio dos submarinos, que não servem para nada.
Temos, como há muito defendo, muitos gestores incompetentes e sem qualidade, como este exemplo. Ou este. Ou ainda este. A esmagadora maioria dos nossos empresários prefere poupar na mão de obra e na sua formação, na esperança de aumentar os lucros, ignorando que mão de obra menos qualificada significa menor qualidade do produto ou do serviço. É como uma equipe de futebol querer vencer troféus com jogadores oriundos das divisões inferiores. E com gestores destes - e com esta mentalidade - nunca iremos a lado nenhum, com ou sem ajuda externa. E isto é que deveria ir a "tribunal": o tribunal da opinião pública.
Como escrevi sobre a queixa de Castanheira Neves, esta ideia é uma enorme aberração, quer política quer juridicamente. Como aqui bem lembrado, o julgamento de questões políticas é anti-democrático, pois viola o princípio da separação de poderes. Mas não é de estranhar que Catroga defenda isto, pois faz parte do Cavaquismo, uma doutrina política muito pouco democrática. Ferreira Leite defendeu a suspensão da Democracia por períodos não inferiores a seis meses, Dias Loureiro, enquanto Ministro do Cavaquismo, mandava as polícias "malhar" em tudo o que se mexesse, censurando qualquer manifestação - por muito pacífica que fosse - e o próprio Cavaco, que se confessou "integrado" no regime Salazarista, nunca gostou de cravos na lapela e do feriado do 25 de Abril.
Mas voltando ao julgamento de políticos por actos de governação, se admitíssemos esta ideia, então teríamos, da mesma forma, de levar muitos políticos a Tribunal, incluindo o próprio Catroga. Ou Ferreira Leite, por causa do negócio ruinoso com o Citigroup. Ou Paulo Portas, por causa do extraordinário negócio dos submarinos, que não servem para nada.
Temos, como há muito defendo, muitos gestores incompetentes e sem qualidade, como este exemplo. Ou este. Ou ainda este. A esmagadora maioria dos nossos empresários prefere poupar na mão de obra e na sua formação, na esperança de aumentar os lucros, ignorando que mão de obra menos qualificada significa menor qualidade do produto ou do serviço. É como uma equipe de futebol querer vencer troféus com jogadores oriundos das divisões inferiores. E com gestores destes - e com esta mentalidade - nunca iremos a lado nenhum, com ou sem ajuda externa. E isto é que deveria ir a "tribunal": o tribunal da opinião pública.
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