Há três meses perguntava se tínhamos voltado à escravatura. A resposta está cada vez mais perto do 'sim', como ainda hoje pudemos observar na Grécia. Mas não precisamos de ir longe, pois temos uma situação idêntica em terras lusas, como este resumo do Daniel Oliveira demonstra. E o problema é global, para mal de todos nós. A solução parece fácil, por isso, pergunto: será que ninguém a quer aplicar, para evitar uma guerra global?
quarta-feira, 29 de junho de 2011
História
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terça-feira, 28 de junho de 2011
Será que me podem definir "introdução de simplificações no despedimento"?
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Ora, como estamos a falar de uma alteração à legislação laboral, das duas uma: ou a simplificação abrangerá o procedimento de despedimento (em concreto, o processo disciplinar para despedimento por justa causa) ou abrangerá os fundamentos para despedimento (a chamada "justa causa"). Se no primeiro caso estamos a falar de questões formais, na segunda está em causa uma verdadeira alteração ao conceito de "justa causa" e aos casos em que se pode despedir um trabalhador.
Ora, como Passos Coelho já defendeu a alteração de "justa causa" para "motivo atendível", o que podemos esperar é, na prática, a facilitação do despedimento e o alargamento dos casos em que tal é possível. E o mais curioso é que, das várias alterações à legislação laboral anunciadas pelo governo, o Económico tenha dado mais importância à questão dos feriados (sendo, inclusive, esse o título da peça e deixando a tal "introdução de simplificações no despedimento" para o fim do texto), como se fosse isso o mais importante para os trabalhadores...
Censura?
Esta situação está longe de ser nova. Aliás, apenas uma memória curta impede de nos lembrarmos do que foi feito nos governos de Barroso e Santana (a censura ao mesmo Marcelo Rebelo de Sousa), ou ainda nos tempos idos de Cavaco, em que o alinhamento das notícias no canal público era decidido pelo Ministro Marques Mendes.
Estes são os mesmos que se atiraram a Sócrates por causa de Moura Guedes e da TVI, mas que demonstram agora e demonstraram no passado que Sócrates, comparado com eles, é um mero aprendiz de censor.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Corrida ao pote (2)
Depois de Raquel Alexandra (SIC) e Francisco Almeida Leite (DN), agora foi Bernardo Bairrão, administrador da empresa que manda na TVI, a ir para o Governo de Passos Coelho. Devem ser estes os órgãos de comunicação social que alguns comentadores ligados ao PSD, incluindo Paulo Rangel, acusavam de serem a favor de Sócrates...
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Falam em 40º
(na foto: praia do Algodio, ou do Norte, na Ericeira; serra de Sintra e cabo da Roca ao fundo; cliquar para ampliar)
Chegou a altura
Há tempos escrevi, em tom de desabafo, que, atualmente, a imprensa serve não para informar mas para desinformar e enganar. Manipula informação, omitindo partes relevantes ou inventando matéria inexistente. Considero, por isso, que chegou a altura de ajuizar este comportamento, punindo os abusos e violações éticas. E se os próprios jornalistas nada têm feito para separar o trigo do joio dentro da própria classe, então que sejam os tribunais, aplicando a Lei e defendendo as vítimas destes abusos.
Se as notícias em causa foram mesmo inventadas, com intenção de prejudicar a imagem dos visados (algo que está longe de me surpreender, atento o "histórico" dos jornais em questão), então considero que a Justiça deverá fazer... Justiça. Fazendo os prevaricadores ver que "o crime não compensa".
Credibilidade (4)
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O óbvio
Esta notícia é a constatação do óbvio. Aliás, houve quem assegurasse que os problemas de Portugal eram apenas internos, nossos, enquanto o resto do Mundo recuperava rapidamente da crise, ou escapava à crise. E assegurava, tirando proveitos políticos e partidários com tal posição. Pois sucede que a crise foi mesmo Mundial, geral e, exetuando alguns países com economias periféricas, a crise afetou todos.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Credibilidade (3)
Alguns aspectos sobre o copianço no CEJ ainda não foram referidos:
i) Não é a primeira vez que algo do género sucede, sendo que das outras vezes não veio a público. Parece que, desta vez, aguém, certamente prejudicado e/ou revoltado com a solução incicial dada ao assunto (nota 10 para todos), "chibou-se", facultando o despacho da Diretora do CEJ à comunicação social. O véu foi destapado.
ii) Estalada a polémica e após uma onda de críticas, vindas de todos os setores, o CEJ tratou de alterar o modelo de exame ("americano"). Só agora reparou que este modelo está longe de ser o mais adequado?
iii) Como é referido no despacho da Diretora, o copiança foi generalizado. Ou seja, num universo de quase 200 magistrados, a maioria copiou. Ora, tal só é possível se não houver ninguém na sala para "controlar" os alunos. Como é isto possível?
Nobre mentiu ou não tem convicções?
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Dizia, inicialmente, que não ficaria como deputado caso não fosse eleito Presidente da AR. Num segundo momento, já admitia cumprir o mandato de deputado. Ontem, chumbado duas vezes, incluindo por colegas da bancada parlamentar, desistiu da candidatura mas afirmou ficar como deputado.
Na minha terra tudo isto chama-se ou mentir ou não ter ideias e convicções. Nobre que escolha.
Assunção Esteves
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Corrida ao pote
(cliquar na imagem para ampliar)
XVIII
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
Credibilidade (2)
Os Magistrados apanhados a copiar num exame do CEJ foram todos "corridos" a dez valores por, supostamente, não haver tempo para repetir o exame. Mas afinal de contas parece que tempo há, pois foi proposto, após tanta polémica e crítica (inclusive de colegas de profissão), os Magistrados em causa fazerem novo exame.
De uma coisa não se safam estes Magistrados: com o País em crise e a Justiça portuguesa no fundo do poço, estas estórias apenas pioram a perceção que os portugueses têm dos Tribunais.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Credibilidade
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terça-feira, 14 de junho de 2011
Balanço positivo
O Pedro Correia fez um balanço da iniciativa de textos de convidados. E eu acrescento que este só pode ser positivo, já que foram abordados diversos temas importantes, muitos deles ignorados pelos media. Da minha parte, apenas tenho que agradecer, mais uma vez, o privilégio de ter podido discutir alguns temas da Justiça num amplo fórum como o DO.
Desvios
Pode Paula Teixeira da Cruz insistir as vezes que quiser que o PSD é um partido do centro e não de direita, que os seus militantes tratam de mostrar o atual posicionamento ideológico do partido.
O futuro
Infelizmente e apesar de desejar estar errado, estou convicto que este governo seja mais do mesmo (ou ainda pior), pelo que olho para o sucessor de Sócrates no PS como o possível sucessor de Passos Coelho. E nem Assis nem Seguro me convencem. Bem pelo contrário. Enquanto o primeiro tem um enorme poder de oratória mas um enorme vazio de conteúdo, o segundo é o Passos Coelho do PS, boa imagem mas zero de ideias.
António Costa, visto com o melhor candidato, adiou o salto para a liderança da Oposição. Sabe que ainda é cedo, pois o próximo líder do PS é para passar tempo enquanto o novo governo, em fase final de gestação, viverá o seu estado de graça. Mas também não me agrada. É mais um boy.
Eu bem gostaria de ver António Vitorino - que considero ser, em Portugal, o mais capaz para ser bem sucedido no governo - avançar, mas tarda em tomar tal decisão. Isto, claro, se tiver mesmo para aí virado, o que não parece. Eu continuo com esperança.
No fundo
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Fiquei sem perceber...
Double standards
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Nota: se o Sr. Silva, perdão... o Presidente da República se ofende com tão pouco, como se sentiria se tivessem escrito sobre si o que escreveram sobre Sócrates?
O pêndulo da balança governativa
Tal como aqui aflorei, estou esperançado que o CDS-PP seja o fator de equilíbrio e sensatez que o governo de Passos Coelho precisa. Para já e pelo que é divulgado pelos media, Portas terá travado a escolha de Nobre para Presidente da AR e a fusão dos Ministérios da Justiça e da Administração Interna, duas ideias absurdas do atual PSD.
Este travão popular não chegou para evitar a maioria absoluta de Sócrates em 2005 e cheira-me que também não evitará o regresso dos socialistas ao poder daqui a quatro anos, pois com Passos Coelho, Relvas e Marco António no governo, difícil será não chegarem...
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Extinção (2)
Cada vez mais é visível que os nossos media servem não para informar, mas para desinformar e enganar as pessoas. Até para obterem mais dinheiro parecem estar dispostos a enganar quem de direito.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Tudo
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Mas também tem tudo para ser mal sucedido. A coligação pode, de um momento para o outro, desfazer-se. Já sucedeu no passado e mais do que uma vez. Mesmo os namorados mais apaixonados e comprometidos têm arrufos. A população, que ontem até lhe deu o benefício da dúvida, cedo perceberá que Passos Coelho é outro Sócrates. A impreparação e falta de capacidade e experiência, que na campanha foi óbvia, será ainda mais clara aos olhos dos portugueses quando PPC fizer escolhas e tomar medidas. PPC e os seus elementos do Governo, que será preenchido com boys como Marco António Costa, Miguel Relvas ou, eventualmente, Catroga, todos eles sem as qualidades necessárias para serem governantes. Os erros e as medidas impopulares, bem como os pentelhos, deitarão por terra qualquer credibilidade que Passos possa ter neste momento. E, claro, a comunicação social, que já destruíu políticos e gente inocente com notícias falsas e manipuladas ao longo dos anos, que deram cabo de Santana e de Sócrates, podem muito bem fartar-se de Passos Coelho enquanto o diabo esfrega o olho. Fartaram-se de outros e fartar-se-ão de mais. O colinho acabará e, depois, como será?
domingo, 5 de junho de 2011
Notas breves
Conhecidos os resultados, quase definitivos, algumas conclusões podem desde já retirar-se:
1. A larga maioria estava farta de Sócrates. Mais do que uma vitória do PSD, foi uma derrota do PS e do PM em particular. Os números não enganam. Os votos do PSD não foram muito mais do que nos últimos actos eleitorais. Decepcionados com Sócrates, a grande maioria - que votou em Sócrates e hoje não pretendia votar nele - ou absteve-se ou votou em branco ou nulo. Perceberam que Passos Coelho e este PSD não constituiem uma séria e credível alternativa e perceberam que seria (será) uma continuação de Sócrates.
2. O CDS, tal como esperado, sai destas eleições premiado por uma postura séria e uma campanha (mais uma, tal como em 2009) competente. Portas, tal como com Durão Barroso, deverá ser o pêndulo da balança num governo com um comandante inexperiente e sem o mínimo de capacidade, defeitos que fez por mostrar nos últimos meses. Entre 2002 e 2005 foram os Ministros do CDS que acabaram o governo com trabalho positivo, em contraste com os ministros sociais-democratas e, depois deste desastroso segundo governo de Sócrates, não ter a maioria absoluta é a maior prova de que as pessoas não olham para Passos Coelho como alguém capaz de melhorar o país.
3. O Bloco de Esquerda, ao contrário do PCP que tem os votos do costume, perdeu grande parte do seu capital político. A demagogia do comunismo gourmet já não engana quase ninguém. Teve o resultado esperado e merecido.
4. As medidas do próximo governo foram conhecidas nos últimos meses. Muitos acreditam que o PSD, com ou sem CDS no Executivo, fará melhor. Como já aqui escrevi, tinha tantas razões para votar PSD como PS. Nenhum tem, na minha opinião, capacidade para governar bem. E o tempo dirá se tenho ou não razão. Se o PSD avançar com as medidas propostas - algumas delas colocam em causa os sectores públicos da Segurança Social, a Saúde e a Educação - teremos, certamente, um elevado grau de descontentamento. Quem neste momento festeja, acenando com a bandeirola do partido, no Marquês, engolirá um enorme sapo, quando vir os salários não evoluírem (ao contrário do patrão, que ganhará mais e mais), quando esperar mais horas nas Urgência do Hospital (porque não tem dinheiro para ir a um privado), ou quando vir os filhos ter más notas e problemas com colegas (porque não tem dinheiro para o colégio), pensará que foi enganado e que todos os políticos são, afinal, todos iguais. Guardará a bandeirola na arrecadação e dirá mal dos políticos, os mentirosos e ladrões.
5. Até pelo menos 2025 Sócrates servirá como bode expiatório para todos os males do Mundo. Mas, mais cedo ou mais tarde, deixará de servir como cobertura para os erros do próximo governo.
sábado, 4 de junho de 2011
Notícias de Palermo
Em Itália, bem perto da verdadeira Sicília, jogadores e clubes foram apanhados em apostas ilegais (lá ninguém ignora escutas telefónicas). A própria FIFA anda a ser investigada por corrupção ao mais alto nível, algo que já deveria ter acontecido muito antes, dadas as suspeitas há muito conhecidas em torno de Blatter e seus muchachos.
Por cá, na Palermo portuguesa, continua tudo na mesma. Nem as suspeitas de doping são investigadas.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Mais sucata
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quinta-feira, 2 de junho de 2011
Burla
(na foto, do CM, note-se que as imagens são dos dois partidos da Direita, em vez de aparecer, como seria natural e eticamente correcto, ou os cinco principais candidatos ou os dois candidatos a PM)
Coisas que não entendo (2)
Em Dezembro já me tinha pronunciado sobre o apoio financeiro do Estado às escolas privadas, explicando porque sou contra nos moldes que aquelas pretendem. Sucede que ontem, caso fosse ainda necessário, as escolas provaram porque não têm razão. Se há dinheiro para alugar aviões então não precisam do dinheiro dos contribuintes, que fazem enorme sacrifícios para pagar os luxos desta gente. A isto chamo hipocrisia e ganância.
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