domingo, 29 de maio de 2011
'De primeira' e 'de segunda'
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Magia, outra vez
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(foto)
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Que miséria!
1. Vai por aí uma enorme polémica em torno das claques partidárias, tudo por causa de uns quantos estrangeiros que andam na caravana do PS com bandeiras e apoia Sócrates nos comícios e arruadas. Não sei qual é o problema. Já que toda a gente considerou normal uma certa juventuda partidária oferecer shots e bebidas em troca da inscrição nesse partido, não sei qual é o problema em oferecer sandes e sumos. Sempre faz menos mal à saúde que o álcool, sobretudo aos jovens.
2. Sócrates disse que a culpa do actual estado das contas públicas deve-se à irresponsabilidade do PSD. Tem razão, mas o PS também tem uma quota parte da responsabilidade. Ou foi outro partido que governou Portugal nos últimos 6 anos?
3. Passos Coelho disse que nos últimos 16 anos o PSD apenas governou dois e meio. Por acaso foram três, mas já que gosta de fazer este tipo de contas podia muito bem dizer quantos anos governou o PSD desde que temos Democracia...
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Para não chorar
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Notícias de Palermo
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Notícias de Palermo
Mais um troféu ganho com erros de arbitragem. Depois do jantar com o árbitro do Porto - Villarreal na meia-final da Liga Europa, que "refeição" terá tido o árbitro de ontem? Sim, perdoou uma expulsão e, antes disso, o auxiliar tinha permitido um golo (decisivo) em fora-de-jogo. Aliás, mesmo nos últimos instantes da partida, o Braga teve uma oportunidade num lance exactamente igual, mas o mesmo auxiliar que deixou Falcão marcar já não deixou o jogador do Braga rematar. Ou errou na primeira vez, ou na segunda, prejudicando sempre o mesmo: o Braga.
E, pronto, o Porto, como esperado, lá venceu a sucursal portista do Minho.
Nota: a SIC, que até costuma ter tantas dúvudas neste tipo de lances, ontem foi peremptória: o golo é válido. Pois, sucede que a Lei de Jogo é clara e os jornalistas da estação de Carnaxide, fretes à parte, deveriam informar os telespectadores com rigor e isenção. A Lei 11 diz o avançado está em fora-de-jogo quando está mais perto da baliza adversária que o penúltimo defesa. E analisa-se esta situação olhando para qualquer parte do corpo do avançado e do defesa, menos os braços. Ora, como as imagens mostram, a cabeça de Falcão estava mais perto da baliza do que os pés do defesa do Braga. Apesar de ser por muito pouco, tecnicamente está em fora-de-jogo.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Começar pelo fim
Quando era miúdo adorava labirintos, daqueles que vêm nas revistas. Mas tinha um péssimo hábito: era batoteiro e preguiçoso. Perante maiores dificuldades, começava pelo fim e chegava ao ponto de partida.
Sucede que quando vejo determinadas decisões judiciais fico com a sensação de que quem decide começa pelo fim, pela decisão e, só então, é que começa a justificar essa mesma decisão e a analisar a prova produzida (ou falta dela), seleccionando a que convém ao suporte da decisão já tomada. Se por batota ou por preguiça não sei, mas uma das duas será.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Eu assino por baixo
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domingo, 15 de maio de 2011
A Jurisprudência da "coutada do macho ibérico"
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* O famoso Acórdão está muito bem sintetizado aqui.
sábado, 14 de maio de 2011
Coisas recebidas por e-mail (1)
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Votar em "pentelhos"
Uns manipulam gráficos, outros inventam cartas inexistentes, outros confessam andar "acelerados" (o que justifica deixarem de ter noção do que dizem), a campanha eleitoral tem sido uma miséria intelectual, para além de mostrar uma nulidade política por parte dos vários candidatos. Com um governo miserável e em completa decadência, quer de credibilidade quer de competência e qualidade, as pessoas viram-se naturalmente para as alternativas. O problema é quando estas não existem na realidade. Se as alternativas não se entendem entre si, como podemos nós esperar que se entendam se forem governo? Se não sabem o que querem e defendem para o país, como poderemos acreditar nas suas supostas propostas?
A 5 de Junho teremos de votar, mas o problema é que nenhum dos candidatos merece , por um pouco que seja, o nosso voto. Triste país o nosso, que deixa as pessoas a pensar se não será preferível mesmo que o FMI fique por cá a governar-nos...
Notícias de Palermo
Entre suspeitas de espionagem desportiva e a confirmação daquilo que já toda a gente sabe sobre "fruta, café e chocolatinhos", a impunidade perdura. Como há tempos dizia a amigos, isto já não é uma questão desportiva, mas política e social. Quando a Justiça funciona mal e os seus actores são suspeitos de se desviarem dos bons caminhos, é a própria Democracia e o Estado de Direito que ficam fragilizados, em risco de ruirem. Quando temos procuradores responsáveis por inquéritos que dormem em casa de suspeitos visados nesses mesmos inquéritos, juízes que pedem bilhetes para verem jogar uma das partes num processo em que são titulares ou suspeitos de corromperem o futebol a mostrarem publicamente que acreditam que magistrados amigos farão favores, então já não é apenas o futebol e o desporto que estão em causa.
Disto o FMI não nos safa. Para nos livrarmos desta podridão só há uma solução: unirmo-nos em torno dos valores éticos e lutar com todas as nossas forças para correr contra quem conspurca a nossa Democracia e quem suja a nossa sociedade. Porque se queremos um país melhor, então temos que lutar por ele.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Tanto tiro no pé ou é incompetência ou masoquismo
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Se dúvidas houvesse sobre a falta de competência para ser primeiro-ministro, Passos Coelho tratou, ontem, de as tirar. A trapalhada sobre a taxa intermédia do IVA, que garante não irá extinguir, contradizendo Catroga que defende o seu fim, é prova cabal da indefinição e incerteza que reina no partido. Simplesmente não sabem o que fazer se forem eleitos.
Há dias tivemos a confissão de Miguel Relvas que, à saída de um tribunal onde tinha sido ouvido como testemunha, disse que ficou abismado com os problemas da Justiça. Ou seja, Relvas, que, caso o PSD vença, será Ministro, não tem a mínima noção de como funciona a Justiça portuguesa. Tivemos ainda ontem uma gaffe de Passos Coelho, mais uma vez com o IVA, confundindo-o com o IRS (as chamadas "taxas marginais", episódio que também serviu para demonstrar que os jornalistas, mesmos os que se consideram especialistas em economia, não são competentes, pois nenhum percebeu a gaffe e o questionou nesse sentido).
Se no início era natural a ilusão de querer ver Passos Coelho como uma verdadeira alternativa a Sócrates - e como eu queria que fosse, para votar nele - hoje será cegueira ainda acreditar nele. Se queremos alguém competente no governo - e eu quero - então não poderemos votar nesta gente.
Uma questão de seriedade (3)
Mais um dia, mais uma notícia fabricada, já desmentida. E desta vez é de um reincidente, o Record, que insiste em lançar mentiras que, posteriormente, se comprovam ser falsas. Não há uma entidade reguladora da Comunicação Social? Não há uma Comissão da Carteira de Jornalista, com poder disciplinar para apreciar questões éticas e deontológicas? Anda tudo a banhos?
terça-feira, 10 de maio de 2011
Uma questão de seriedade (2)
Mais um exemplo, no mesmo dia deste, de como o problema maior da Comunicação Social portuguesa é mesmo a (falta de) seriedade.
Uma questão de seriedade
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Das duas uma, ou Catroga mente ou a fonte do i mente. No primeiro caso, o jornal terá de questionar Catroga, no segundo terá de pedir desculpa aos leitores.
Claro que não haverá questões a Catroga nem o jornal i pedirá desculpa. Ficará tudo em águas de bacalhau, como de costume.
Isto já não é uma questão de credibilidade da imprensa, que há muito está enterrada, mas já uma questão de seriedade. E ainda admiram-se de se venderem cada vez menos jornais em Portugal...
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Misto de emoções
Tenho pensado sobre a morte de Bin Laden e querido escrever algumas linhas sobre o assunto, mas tem-me faltado tempo. Entretanto, a Fernanda Câncio acabou por escrever o que basicamente penso sobre a sua execução: um misto de emoções, entre o agrado pela sua morte e a tristeza pela maneira como morreu, executado com um tiro na cabeça, à margem dos mais básicos direitos humanos.
Castigo
Ainda há dois dias escrevia que, dia 5 de Junho, veríamos quem ficaria a perder com o chumbo do PEC IV e a vinda do FMI. Hoje foi divulgada mais uma sondagem que dá o PS à frente do PSD. E foi feita antes de conhecido o acordo entre governo e troika. Ou seja, as próximas serão certamente ainda mais penalizadoras para Passos Coelho, pois, tal como expliquei anteontem, o acordo terá sido a certidão de óbito do presidente social-democrata.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Erros e erros
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Após uma História brilhante, quer no plano nacional quer no internacional, surgiu um período de decadência. Entre um sistema mafioso e corrupto que minou as bases do futebol português e uma sucessão de erros próprios - dos que levam tempo a corrigir - como Damásio e Vale e Azevedo com as suas contratações suicidas, o Benfica foi-se abaixo e até os títulos nacionais passaram a ser pontuais. Mas com Luís Filipe Vieira (após a mudança com Vilarinho) as coisas mudaram. Em poucos anos, o Benfica voltou, no plano desportivo, à ribalta europeia e voltou a ganhar troféus. E não foi apenas no futebol. Basta atentar nas restantes modalidades para constatarmos que muita coisa mudou e para melhor. Muito melhor. E com Jorge Jesus voltámos a ter um Benfica competitivo, ganhador e mais perto do brilhante passado encarnado. E deixar Jesus sair, nesta altura, seria mais um erro, um dos que levam muito tempo a corrigir.
Após uma época fantástica, com títulos (campeonato e Taça da Liga) e um jogo bonito, a actual temporada prometia muito, sobretudo no plano europeu. Mas uma sucessão de erros - próprios e alheios (arbitragens) - impediu que se repetise este ano o brilhantismo do ano passado. Jesus reconheceu ainda há dias que vários erros foram cometidos logo no início da presente temporada e acredito sinceramente que saiba bem quais foram e que os irá corrigir, se é que já não corrigiu alguns...
Acima de tudo é preciso fortalecer a mentalidade do grupo e a capacidade emotiva para reagir a várias situações, desde a vitória à derrota. Este parece-me ser, neste momento, o principal defeito da equipe. No jogo de Braga, mais do que o cansaço físico ou a desinspiração, o factor mental teve um enorme peso. Pode o Benfica queixar-se da falta de sorte - que a teve - ou do estilo ultra defensivo do adversário - que irrita, ao estilo das equipes italianas (o chamado catenaccio) - mas a verdade é que a motivação e a vontade esteve apenas de um lado. Tirando Fábio Coentrão, que, ao longo da época, foi quem mais contrariou o destino do Benfica nesta temporada, toda a equipe falhou no aspecto emotivo.
Há erros e erros. Uns corrigem-se facilmente, outros não tanto. E deitar por terra tudo o que foi construído nos últimos anos, com enorme sucesso, seria mais uma acto suicida e altamente penalizador das aspirações benfiquistas. Apesar de este ano ter jogado pior (apesar da fabulosa sequência de vitórias seguidas, com exibições ao nível das da época passado) e ter sido mais inconsistente, o Benfica acaba por revalidar um título (Taça da Liga), foi mais longe na Taça de Portugal (meias-finais) e foi mais longe também na Liga Europa, chegando também à meia-final, algo que já não sucedia desde 1994. Há 17 anos portanto. E no campeonato, entre erros próprios e arbitragens criminosas, rapidamente perderam terreno para um Porto que, embalado por ajudas preciosas e escandalosas, surgiu este ano muito mais forte e com mais qualidade.
É altura, pois, de analisar cuidadamente o que tem de ser corrigido e agir em conformidade. Sem pressões e sem precipitações. E com cabeça fria. Os abutres já começaram a aparecer, sendo quase todos os eles os do costume. Por isso, é preciso calma e paciência. E força mental para ultrapassar tudo isto. A época foi menos boa que a anterior, mas não foi má. Basta olhar para o passado, sobretudo os últimos vinte anos, e rapidamente teremos de concluir que estamos muito melhor.
Uma última nota para algo inédito: duas equipes portuguesas numa final europeia. Tanto me faz que vença o Porto ou Braga. Claro que vai vencer o primeiro, pois as filiais nunca batem o pé às sedes, mas não deixa de ser positivo que estejam duas portuguesas. Apesar do que representam e do que praticam e defendem dentro e fora de campo, não deixa de ser positivo.
PEC IV revisto (2)
Mais palavras para quê?...
Publicidade escondida?
Há algum tempo que existe, mas, com o passar do tempo, cada vez fico mais convencido de que este "agregador da advocacia" não passa de uma forma encapotada de fazer publicidade às grandes sociedades e aos advogados destas. Diariamente recebo a newsletter no e-mail e quase todas as notícias referentes à advocacia prendem-se com os clientes e com os negócios das grandes sociedades e todas as opiniões são de advogados que integram as grandes sociedades. Os "pequenos advogados", que não integram sociedades, não têm voz neste "agregador", que agrega apenas uma elite da advocacia. Aliás, basta ler as "notícias", como por exemplo esta, de hoje, para percebermos que não poupam nos elogios às sociedades mencionadas e aos advogados que as integram...
Como é sabido pela generalidade dos advogados, a profissão está a atravessar, como todos as outras diga-se, uma crise. Sem dinheiro para as custas e encargos com os honorários e com um apoio judiciário acessível apenas aos muito pobres e aos muito ricos, a maioria dos portugueses desiste de avançar para tribunal. E menos clientes significa menos dinheiro. E é sabido que até as grandes sociedades estão a passar por algums dificuldades e têm alargado o âmbito da sua actividade, abrangendo outros serviços, outrora ignorados. E, atendendo a esta nova realidade, este "agregador" dá cá um jeitaço, especialmente porque a publicidade aos advogados não é permitida em Portugal...
quarta-feira, 4 de maio de 2011
PEC IV revisto
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Mas, apesar do ar ausente de Teixeira dos Santos e do comícío... perdão... da declaração ao País de Sócrates, este acordo poderá ter sido, muito provavelmente, a certidão de óbito de Passos Coelho, senão vejamos.
Chumbou o PEC IV, alegando ser demasiado gravoso para os portugueses, mas, no debate que antecedeu o seu chumbo, Ferreira Leite, em nome do PSD, dizia que a proposta de PEC era boa mas deveria ser aplicado por outros. Ora aí está, defendida e aplicada por outros (FMI).
Dias depois, Passos Coelho, no Wall Street Journal, escrevia que, afinal de contas, o PEC deveria ter ido ainda mais longe, prevendo ainda mais cortes do que os previstos do documento apresentado pelo governo. Afinal, não é necessário, como ontem se viu.
Depois foi a tanga da verdade dos números, agravada pelas não sei quantas cartas de Catroga a pedir respostas, quase todas já conhecidas e acessíveis na net. Que isto ainda estava pior do que o governo dizia e que 80 milhões não chegavam. Alguns jornais, ao abrigo de enormes fretes, falavam em 100 ou mais milhões, outros garantiam cortes aqui e acolá (como este), que o FMI ficaria por terras lusas por dez anos, ou mais... Afinal, 78 milhões de euros chegam e três anos (dois e meio, já que é até 2013) são suficientes para colocar isto na ordem. Afinal, os números do governo eram verdadeiros...
E ainda temos as medidas em concreto. Ouvimos, nas últimas semanas, dirigentes ou gente ligada ao PSD defender medidas mais gravosas, como cortes nos salários, redução do salário mínimo, fim dos apoios sociais (subsídio de desemprego, por exemplo) em troca de um cartão de débito duvidoso. Como irão agora, conhecido o acordo, continuar a defender tais ideias? Como irá o PSD justificar as suas propostas (privatização de sectores vitais do Estado e tradicionalmente públicos, como Saúde, Educação e Segurança Social) sem a desculpa de ser necessário e ser imposto pelas instâncias externas, como o FMI? Como irá o PSD suportar o seu posicionamento liberal neste mês de campanha, nomeadamente nos debates televisivos, com as sondagens a pressionar Passos Coelho, que está entre a espada e a parede (a tal ameaça de Marco António, "eleições no país ou no partido"...)? Desconfio que o novo hino do PSD acaba por fazer sentido...
Aquando do chumbo do PEC IV, que desencadeou a queda do governo e a vinda do FMI, o CDS-PP foi o único partido a apresentar um PEC alternativo ao do governo. Bom ou mau, havia um alternativo. Foi o único a ter uma atitude séria, com os resultados (sondagens) a confirmarem isso mesmo. Os restantes partidos limitaram-se a ser do contra, a botar abaixo, a dizer mal sem apresentar soluções. O PSD, à cabeça, não podia ter sido mais irresponsável. Apesar de tudo (e com 'tudo' refiro-me a Sócrates e ao seu desgoverno), tenho que dar, nesta matéria, inteira razão ao governo. E ontem confirmou-se isso mesmo. O acordo é, basicamente, o PEC IV revisto em alguns pontos e com o aval de FMI, União Europeia e Banco Central Europeu (estes dois já tinham aprovado o PEC IV). Afinal, Teixeira dos Santos é um Ministro das Finanças competente, que sobrevive, desta forma, aos ataques pessoais (quase toda a gente questionou a sua competência e seriedade) e aos números. E o PSD, que nem sequer foi tido ou achado nesta discussão com a troika, sai mal na figura. E desconfio que as próximas sondagens confirmarão esta opinião. Veremos.
Andámos quase dois meses nisto: chumbo do PEC IV, demissão do governo, eleições legislativas antecipadas (com as inerentes consequências negativas), vinda do FMI, degradação da imagem de Portugal nos estrangeiro (com as inerentes consequências negativas), tudo isto quase para nada. E dia 5 de Junho veremos quem ficará a perder com tudo isto...
Notícias de Palermo
Entre jantares com árbitros e pedidos de favores a amigos, continua tudo na mesma.
O futebol venceu... outra vez
Há uma semana escrevi isto, após a vitória do Barcelona em Madrid. E muito do que escrevi então poderia escrever agora. Diarra voltou a terminar o encontro sem ser expulso. Adebayor a mesma coisa. Xabi Alonso e Ricardo Carvalho também terminaram, não se percebendo como é que foi possível o árbitro belga não os expulsar, tantas as faltas para 'amarelo'... Mas mais grave é o caso do francês Lassana Diarra. Se há uma semana cometeu sete faltas e terminou o encontro sem um único cartão, ontem cometeu oito e viu apenas um amarelo. E mais do que a quantidade é a qualidade delas. Diarra não sabe construir uma única jogada de ataque, apenas destruir jogo. Usando jargão futebolístico, Diarra está lá para distribuir fruta, dar cacetada e paulada nos adversários. Se, por exemplo, Pepe é viril e agressivo, Diarra é um jogador violento e deveria ser banido, pois a única coisa que sabe fazer em campo é colocar em risco a carreira dos adversários.
Diz o ditado que quem não chora não mama e, depois de tanto chorar, Mourinho acabou por mamar. Lá terminou o encontro com onze jogadores, de tanto pressionar as arbitragens. É verdade que o golo de Higuaín parece-me mal anulado. Tal como me pareceu existir, já no fim, uma falta sobre Ronaldo à entrada da área, que daria um livre perigosíssimo a favor do Real, mas as quatro expulsões evidentes perdoadas aos merengues faz com que estes não tenham legitimidade para se queixarem.
Para a História fica mais uma final para uma equipe que não sabe jogar mal e dá espectáculo (se não fosse Casillas, o Real teria ido para o intervalo a perder por 3 ou 4) e que é favorita a vencer o troféu, que, caso ganhe, será o terceiro em cinco anos. E, pelo futebol que praticam, merecem-no.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Má gestão
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Como escrevi sobre a queixa de Castanheira Neves, esta ideia é uma enorme aberração, quer política quer juridicamente. Como aqui bem lembrado, o julgamento de questões políticas é anti-democrático, pois viola o princípio da separação de poderes. Mas não é de estranhar que Catroga defenda isto, pois faz parte do Cavaquismo, uma doutrina política muito pouco democrática. Ferreira Leite defendeu a suspensão da Democracia por períodos não inferiores a seis meses, Dias Loureiro, enquanto Ministro do Cavaquismo, mandava as polícias "malhar" em tudo o que se mexesse, censurando qualquer manifestação - por muito pacífica que fosse - e o próprio Cavaco, que se confessou "integrado" no regime Salazarista, nunca gostou de cravos na lapela e do feriado do 25 de Abril.
Mas voltando ao julgamento de políticos por actos de governação, se admitíssemos esta ideia, então teríamos, da mesma forma, de levar muitos políticos a Tribunal, incluindo o próprio Catroga. Ou Ferreira Leite, por causa do negócio ruinoso com o Citigroup. Ou Paulo Portas, por causa do extraordinário negócio dos submarinos, que não servem para nada.
Temos, como há muito defendo, muitos gestores incompetentes e sem qualidade, como este exemplo. Ou este. Ou ainda este. A esmagadora maioria dos nossos empresários prefere poupar na mão de obra e na sua formação, na esperança de aumentar os lucros, ignorando que mão de obra menos qualificada significa menor qualidade do produto ou do serviço. É como uma equipe de futebol querer vencer troféus com jogadores oriundos das divisões inferiores. E com gestores destes - e com esta mentalidade - nunca iremos a lado nenhum, com ou sem ajuda externa. E isto é que deveria ir a "tribunal": o tribunal da opinião pública.
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